O Dia do Programador é comemorado no 256º dia de cada ano, e neste ano bissexto, a data é celebrada em 12 de setembro. A escolha dessa data se deve ao número 256, que representa o total de valores possíveis em um byte de 8 bits. O objetivo é reconhecer o trabalho essencial dos programadores, que desempenham um papel crucial na criação e manutenção do software que movimenta o mundo moderno. Hoje, mais do que nunca, sua função é vital para a economia digital, o desenvolvimento tecnológico e a inovação em diversos setores.
Os especialistas da Check Point Software destacam nesta data o quanto o trabalho dos programadores impacta todos os usuários de software e Internet. Cada interação online, aplicativo móvel ou sistema operacional é sustentado pelo trabalho minucioso dos desenvolvedores e dos programadores, que não apenas criam novas funcionalidades, mas também garantem que o software seja eficiente e seguro.
De grandes empresas a individuais, todos se beneficiam dos avanços que os programadores trazem à tecnologia, melhorando a vida cotidiana e aumentando a segurança em ambientes digitais. Por isso, é essencial garantir que o software desenvolvido seja seguro, confiável e resistente às ameaças cibernéticas.
No contexto do desenvolvimento de software, a cadeia de suprimentos refere-se aos diferentes componentes, ferramentas e atores envolvidos na criação e distribuição. Essa cadeia pode ser um ponto vulnerável que os cibercriminosos exploram para se infiltrar em sistemas e roubar dados sensíveis. Um exemplo claro disso ocorreu em 2020, quando um software de terceiros chamado Orion colocou mais de 30 mil organizações em risco devido a um ataque à cadeia de suprimentos no sistema SolarWinds.
Compreender os riscos da cadeia de suprimentos de software é essencial, pois um elo fraco pode comprometer a segurança de todo o sistema. A crescente dependência de componentes de terceiros, como bibliotecas de código aberto ou ferramentas de desenvolvimento, aumenta a possibilidade de vulnerabilidades. Por isso, os especialistas reforçam que é preciso avaliar e gerenciar esses riscos para proteger os sistemas e aplicações de possíveis ataques cibernéticos.
Para garantir a segurança no ciclo de vida do desenvolvimento de software, é fundamental seguir os oito passos a seguir:
1.Identificar componentes do software: As organizações devem manter um inventário completo e atualizado de todos os componentes de software, incluindo bibliotecas de terceiros, frameworks e ferramentas utilizadas no desenvolvimento. Isso facilita a gestão de riscos e a identificação de possíveis vulnerabilidades.
2.Avaliar a segurança dos fornecedores: É essencial avaliar a postura de segurança dos fornecedores de software de terceiros, garantindo que sigam práticas sólidas, como auditorias regulares e certificações de segurança, minimizando os riscos na cadeia de suprimentos.
3.Analisar e priorizar riscos: Após identificar os componentes e avaliar a segurança dos fornecedores, as organizações devem realizar uma análise detalhada dos riscos, usando metodologias padrão, como a ISO 31000, para priorizar as ameaças mais críticas.
4.Implementar controles de segurança: Implementar processos de revisão de código, atualizar o software e adotar ferramentas como WAF (firewall de aplicações web) e IPS (sistema de prevenção de ameaças) para prevenir a exploração de vulnerabilidades.
5.Monitorar continuamente: Adotar uma estratégia de monitoramento contínuo para detectar novas vulnerabilidades e ameaças, incluindo auditorias, varreduras automáticas e testes de penetração, além de sistemas de alerta em tempo real.
6.Criar uma lista de materiais de software (SBOM): Estabelecer uma lista detalhada de todos os componentes utilizados, incluindo módulos de código aberto e dependências, para facilitar respostas rápidas e eficientes a vulnerabilidades.
7.DevSecOps: Integrar práticas de segurança ao fluxo de trabalho DevOps, garantindo que a segurança seja um processo contínuo, presente em todas as etapas do desenvolvimento de software.
8.Resposta e recuperação a incidentes: Ter uma estratégia de resposta bem estruturada para detectar, conter e recuperar rapidamente de incidentes de segurança, minimizando o impacto na organização.
Garantir a segurança na cadeia de suprimentos pode ser um grande desafio para muitas organizações devido à falta de pessoal qualificado, à definição de prioridades e à complexidade das mitigações. A adoção de soluções baseadas em inteligência artificial (IA) e serviços especializados é fundamental para superar esses desafios com sucesso.
Por fim, realizar simulações e exercícios de resposta a incidentes é essencial para garantir a preparação da equipe em caso de brechas de segurança. Esses exercícios ajudam a identificar falhas no plano de resposta e permitem que cada membro do time compreenda seu papel específico em um ataque, melhorando a velocidade e a eficácia da reação e permitindo uma recuperação rápida do sistema. Uma cultura de segurança proativa e bem ensaiada é essencial para enfrentar as ameaças cibernéticas no ambiente atual.
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JULIANA VERCELLI
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