Em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) trimestral do Distrito Federal apresentou uma taxa de variação de 0,1% em relação ao trimestre anterior. Adrielli Santana, coordenadora de Análise Econômica e Contas Regionais do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), avalia que esse resultado reflete a dinâmica do setor de serviços, que apresentou uma variação nula no período — e esse setor corresponde a 83% da composição do PIB da capital federal.
“O trimestre foi marcado pelo bom desempenho da agropecuária e uma leve recuperação do setor industrial. Estimamos que a agropecuária no trimestre cresceu 9,7% em relação ao trimestre anterior, enquanto a indústria cresceu 1% na mesma base de comparação”, explica.
De acordo com o Boletim de Conjuntura no Fórum de Debate Econômico do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), o DF teve um crescimento econômico de 2,5% no acumulado de quatro trimestres em relação ao mesmo período do ano anterior e estabilidade na comparação entre o primeiro e segundo trimestres de 2023.
Para o economista e diretor financeiro da Sou economista e diretor financeiro da Cooperativa Brasileira de Serviços Empresariais (CBRASE), Guidi Nunes, esse avanço foi impulsionado devido ao crescimento da indústria, uma vez que o setor de serviços permaneceu estável.
“Os setores econômicos de Brasília tiveram crescimento estimado de 7,7% para a agropecuária, 5,8% para a indústria e 2,3% do setor de serviços neste acumulado dos últimos 12 meses — sendo que no aspecto somente do trimestre, o que puxou mais foi o setor agrícola”, expõe.
Segundo o boletim, no segundo trimestre de 2023 o DF teve uma inflação de 0,35% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e 0,16% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), ambas mais baixas do que as taxas anteriores de 1,93% e 1,72%, respectivamente.
No acumulado anual, o IPCA ficou em 3,24% e o INPC em 2,55%, menores que os 5,30% e 4,25% anteriores. Quanto ao emprego, a taxa de desemprego caiu ligeiramente para 16,3%, enquanto o Novo Caged registrou um aumento de 9,7 mil postos de trabalho no trimestre e 37,8 mil no ano.
O economista destaca que o Distrito Federal tende a um crescimento econômico moderado. Para ele, é essencial ampliar as atividades econômicas na região metropolitana, que inclui Brasília e cidades de Goiás, com políticas de desenvolvimento estruturantes.
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