Nos últimos meses, o país enfrentou uma onda de calor intenso causadas pelo fenômeno El Niño, e na próxima sexta-feira (21) inicia-se o verão, época em que as temperaturas já costumam ficar elevadas. Para isso é essencial estar atento aos cuidados específicos para proteger a pele. Altas temperaturas podem resultar em aumento da transpiração, desidratação e danos causados pela exposição solar prolongada.
Para conscientizar e prevenir a população, neste ‘dezembro laranja’, o professor de Dermatologia da Faculdade de Medicina da UniSul, integrante do Ecossistema Ânima, e sócio titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB), Gustavo Moreira Amorim, explica como promover hábitos de proteção que podem auxiliar a prevenção de doenças de pele.
Intensifique o uso de protetor solar e hidratantes
Segundo o professor, o uso de protetor solar é o maior aliado na luta contra doenças de pele. Pesquisa realizada pelo Instituto de Cosmetologia de Campinas (SP) apontou que, em 2022, 71% da população brasileira disse não usar protetor solar diariamente. “Mesmo parecendo uma precaução simples, é crucial, especialmente durante os períodos mais quentes””.
A pesquisa ainda sinaliza que 55% das pessoas não sabem a quantidade ideal de protetor a ser aplicada sobre a pele contra os raios solares nocivos, UVA e UVB. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, em seu último Consenso de Fotoproteção, publicado em 2016, recomenda a regra da colher de chá. “Para os membros superiores como rosto, couro cabeludo, pescoço, braço e antebraços é sugerido 1 colher de chá. Já para o troco e membro inferiores são 2 colheres para cada parte do corpo”. ”.
O professor ainda alerta o uso de protetor em áreas sensíveis. “Partes do corpo como orelha, pés, lábios e couro cabeludo sofrem ainda mais com a exposição solar, por isso, é necessário cuidado redobrado nas regiões apontadas”.
Sintomas de câncer de pele
Ainda de acordo com o professor, doenças como o câncer de pele são quase imperceptíveis. “Apesar de ter poucos sintomas a doença pode ser percebida por áreas de coceira ou fisgadas. É importante ficar atento as feridas que não cicatrizam e/ou sangram com facilidade. Manchas também são bastante comuns, principalmente, aquelas que escurecem, possuem formato assimétrico e bordas irregulares ou mudam de tamanho conforme o tempo’’, explica Gustavo.
Uma vez que diagnosticado, o câncer de pele é tratado primordialmente por meio de cirurgia. O professor explica que a doença possui uma alta taxa de cura. ‘’Quanto mais cedo for o diagnosticado, maiores são as chances de cura”, reforça.
Respeite o horário de exposição solar
A exposição solar em período de férias aumenta ainda mais, com idas para as praias e piscinas, por isso, atentar-se aos horários de pico solar são importantes. De acordo com o professor, “Entre 10h e 16h há uma maior emissão dos raios ultravioletas, responsáveis por causar o câncer. Caso não seja possível evitar esses horários, a dica principal é que se proteja, utilizando continuamente o protetor solar durante o dia, além de assessórios como bonés, óculos e guarda-sol. E em caso de surgimento de qualquer anormalidade na pele é importante consultar o quanto antes um dermatologista”, pontua Amorim.
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