por Rodrigo Costa, sócio-diretor & Head de Digital Business da Kron Digital
A migração para nuvem é mais que apenas transferir arquivos e aplicações a partir de um sistema local. Se fosse apenas uma tarefa de copiar e colar, todas as empresas já teriam aderido e concluído esse processo de transformação. Para uma mudança bem-sucedida, uma organização precisa avaliar o seu contexto, o cenário atual, o propósito e os desafios para a partir daí elaborar um roteiro que a auxilie a navegar nesta jornada rumo ao sucesso.
O caminho para a nuvem apresenta algumas armadilhas potenciais que devem ser evitadas. Uma migração bem-sucedida exige planejamento meticuloso, execução estratégica e adesão estrita às melhores práticas estabelecidas. Essas etapas garantem que as organizações não só maximizem os potenciais benefícios da tecnologia como também minimizem potenciais riscos e interrupções que possam comprometer o processo de migração.
O mapeamento de aplicativos, a análise de adequação e o gerenciamento de complexidade representam desafios significativos durante a migração para a nuvem. As organizações muitas vezes lutam para compreender de forma abrangente seus cenários de aplicativos, dificultando a determinação de quais são adequados para migração para a nuvem. A fase de mapeamento envolve a identificação de todos os aplicativos, a avaliação das dependências e a compreensão das interconexões dentro do ecossistema de TI. Essa tarefa pode ser complexa, especialmente em organizações grandes e diversas, em que as aplicações podem ter sido desenvolvidas e implementadas durante um longo período.
Identificar e compreender interdependências dentro da infraestrutura de TI desempenha um papel crítico na análise da migração para a nuvem e no processo de priorização. Negligenciar esse passo pode resultar em interrupções, problemas de desempenho ou até mesmo falhas no ambiente de nuvem.
Nem todos os aplicativos estão prontos para a nuvem ou se beneficiarão dela. Aplicativos legados, arquiteturas complexas ou tecnologias desatualizadas podem exigir modificações substanciais para funcionarem de maneira ideal. É necessário avaliar e considerar os requisitos de segurança, conformidade e desempenho.
A complexidade das aplicações aumenta ainda mais o desafio. Alguns aplicativos podem ter dependências complicadas, pontos de integração complexos ou configurações personalizadas específicas do ambiente local. A migração de tais aplicações para a nuvem sem o devido entendimento ou planejamento pode resultar em problemas funcionais, degradação de performance ou interrupções de serviço. Analisar e desembaraçar essas complexidades requer examinar cuidadosamente a arquitetura das aplicações, mapear dependências e avaliar o impacto da migração no ecossistema global.
Outro ponto importante é garantir a continuidade do serviço durante o andamento. É necessária uma estratégia cuidadosamente planejada e executada para minimizar o tempo de inatividade dos dados. Como tempo parado é dinheiro perdido, para mitigar esse problema é possível pensar em migrações escalonadas fora dos horários de pico ou sistemas redundantes temporários para garantir que as operações não parem.
Está claro que a migração para a nuvem não é um processo único, é uma jornada que exige uma estratégia completa e holística. Seguir uma arquitetura bem estruturada baseada nas melhores práticas pode habilitar as organizações a realizar com eficácia essa mudança, resultando em crescimento e inovação.