Levando em conta os números atuais, os EUA têm agora, a maior proporção de imigrantes (legais e indocumentados) na sua população, com 15,5%, um aumento de quase 2 pontos percentuais desde 2020. 51,4 milhões de imigrantes vivem hoje na América, sendo 13,7 milhões de imigrantes indocumentados, é o que aponta o novo relatório do Centro de Estudos de Imigração. Os números representam uma média de 172 mil novos imigrantes por mês.
A maioria dos recém-chegados provém da América Latina e 3,7 milhões do total de recém-chegados vieram ilegalmente. Os cálculos foram divulgados em meio a um debate cada vez mais intenso sobre o papel dos imigrantes na economia dos EUA. Analistas do Gabinete de Orçamento do Congresso dizem que o crescimento do produto interno bruto tem sido surpreendentemente robusto ao longo dos últimos dois anos e a explicação provável é o aumento dos recém-chegados. Mais pessoas significam mais mão-de-obra, aumentando a produtividade global do país.
Tirando turistas e ilegais, a maioria das pessoas que chegam aos Estados Unidos são trabalhadores especializados, estudantes ou veem para se reunir com a família. Estes são os mais populares tipos de vistos emitidos para quem quer morar na América.
A advogada Ingrid Domingues McConville, conta que a faixa etária das pessoas que imigram legalmente para os Estados Unidos, através do seu escritório, é entre 25 e 54 anos, idades em que as pessoas são bem produtivas com grandes probabilidades de conseguirem um bom emprego ou mesmo de empreender com sucesso.
O crescimento do número de trabalhadores estrangeiros deverá continuar – uma tendência que, segundo os economistas, beneficia a força de trabalho e a economia americana.
Em termos simples, mais trabalhadores geram mais bens e serviços. Um número maior de pessoas recebendo salários significa mais gastos do consumidor, a força vital da economia dos EUA. Um maior número de pessoas a pagar imposto sobre o rendimento aumenta as receitas fiscais numa altura em que os orçamentos dos EUA estão cada vez mais deficitários e ajuda a sustentar programas sociais como a Segurança Social e o Medicare, que são financiados por impostos sobre os salários.
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