O custo da água tem sido uma preocupação crescente para os brasileiros. Recentemente, projeções indicam que a conta de água deverá sofrer um aumento significativo em 2024 devido à Reforma Tributária que alterou a tributação no setor de saneamento básico, aumentando a alíquota de impostos de 9,25% para 27%.
Além dos aumentos tributários, um problema crônico contribui significativamente para uma conta de água muito alta: os vazamentos ocultos. Estudos apontam que cerca de 40% da água tratada no Brasil se perde antes de chegar aos consumidores, por meio de vazamentos de água, fraudes e erros de medição. Este volume perdido seria suficiente para abastecer 30% da população brasileira por um ano.
Para entender melhor essa questão, conversamos com Wilson Pacheco, técnico especialista em caça vazamentos de água da empresa Pacheco Caça Vazamentos na Zona Sul. Segundo ele, “muitos vazamentos não são visíveis ou fáceis de detectar sem equipamento especializado”. Uma inspeção regular por profissionais pode ajudar a identificar e corrigir esses vazamentos ocultos, evitando que se transformem em um problema maior na conta de água”.
A detecção precoce de vazamentos é vital, não apenas para economia na conta, mas também para a sustentabilidade dos recursos hídricos. Especialistas recomendam a instalação de dispositivos de monitoramento que podem alertar os proprietários sobre possíveis vazamentos antes que eles causem grandes perdas.
Ademais, campanhas de conscientização sobre o uso racional da água são fundamentais para combater o desperdício. Educar a população sobre como verificar instalações regularmente e reportar vazamentos às autoridades pode fazer uma grande diferença.
O aumento das tarifas de água e a persistência de vazamentos ocultos representam um desafio duplo para o setor de saneamento e para os consumidores. Enquanto as soluções passam por reformas tributárias e melhorias na infraestrutura, a ação imediata dos consumidores e empresas especializadas em detecção de vazamentos é essencial para mitigar esses impactos.
Finalmente, o engajamento entre comunidade, empresas e governo é crucial para desenvolver estratégias eficazes que garantam a sustentabilidade dos recursos hídricos e a justiça na cobrança dos serviços de água. Com a colaboração de todos, é possível enfrentar esses desafios de maneira mais eficiente e equitativa.