Mais de 70% dos brasileiros já foram vítimas de algum tipo de golpe online, segundo dados da Nord Security. Esses golpes acontecem de diversas formas e o objetivo é sempre o mesmo: enganar as pessoas, por meios digitais, para que os golpistas consigam lucrar dessa forma. Esses crimes envolvem pagamentos via pix, cliques em links, senhas sem segurança e outros.
A Anatel, agência regulatória das telecomunicações, criou recentemente um guia para as pessoas se protegerem contra esse tipo de crime e recomendou que, ao cair num golpe, a pessoa registre a reclamação na Agência e faça um boletim de ocorrência. Assim, é possível contribuir com as estatísticas e fazer com que outras pessoas não caiam nos mesmos golpes.
Dentre os golpes mais comuns, o campeão é das contas das redes sociais hackeadas. Criminosos de forma fácil e hábil “assumem” as contas das redes sociais digitais da vítima e se passam por elas para pedirem dinheiro aos seguidores. Em alguns outros casos, os criminosos sequestram essas contas, pedindo um dinheiro para a vítima conseguir resgatar a sua conta. A recomendação é tenha uma senha forte, mesclando letras minúsculas, maiúsculas, números e caracteres especiais. Além disso, utilize um aplicativo autenticador para ativar a autenticação em dois fatores em todas as suas contas de redes sociais.
Outro golpe frequente é o sequestro da linha, quando os criminosos fazem chamadas e enviam mensagens em seu nome. Para evitar basta ir a uma loja física da sua operadora e fazer a configuração com o e-sim. Assim, sem o chip físico, sua conta fica muito mais segura já que ninguém conseguirá fazer a portabilidade em seu nome. O roubo de celular também figura entre os mais comuns e é usado pelos criminosos para obter informações pessoais da vítima. Se cair neste golpe, o prejuízo pode ser menor com ativação da opção localizar aparelho e com o backup das informações em um serviço de armazenamento em nuvem (iCoub e onedrive, entre outros).
As chamadas falsas também são uma armadilha para as pessoas. Criminosos conseguem fazer chamadas utilizando algum número conhecido para que a vítima acredite estar conversando com alguma empresa ou banco, por exemplo. Eles ligam em nome de uma instituição ou banco e buscam conseguir dados das vítimas. A dica valiosa é: não forneça nenhuma informação sua por telefone.
Na linha dos golpes mais antigos temos o do WhatsApp falso no qual o criminoso cria uma conta falsa no aplicativo, chega a usar até mesmo a foto da pessoa para conseguir ser mais convincente e manda mensagem para os contatos pedindo dinheiro. Para não cair nesse golpe, mantenha sua conta do WhatsApp segura com as dicas anteriores e ligue para o solicitante para garantir que realmente é ela falando com você e precisando da ajuda financeira. Simples, não.
Cuidado também com os cliques em links que anunciam promoções de páginas que não tenham a conta verificada. Para saber se o link é confiável, pesquise pelo produto ou serviço no Google ou outro buscador e compre de lojas que tenham o selo de segurança (um cadeado que fica na URL no navegador). Prefira utilizar cartões de crédito de uso temporário para fazer compras online. Eles são gerados diretamente no aplicativo do banco.
Por último, fique alerta e desconfie ao ver um produto sendo anunciado por um preço muito barato. Não acredite em promessas de ganhar dinheiro fácil e com pouco esforço, nem em produtos sendo vendidos muito abaixo do valor de mercado. Prefira comprar de empresas conhecidas. Lembre-se que todo cuidado é pouco nas negociações on-line. Aos poucos, vamos criando a consciência de que é importante levarmos a sério a segurança digital.
*Maria Carolina Avis é mestre em Gestão da Informação e professora nos cursos de Marketing do Centro Universitário Internacional.
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