Combate à dengue: Estudo mostra que investimentos em saneamento podem reduzir em 50% as internações pela doença
Pesquisa do IDB Invest, em parceria com a BRK, revela que investimentos em serviços de água e esgoto promovem reduções nos índices de hospitalizações e em gastos com saúde pública
Aumento de 10 pontos percentuais na cobertura de água potável e dos serviços de esgoto pode reduzir as internações por dengue em mais de 50% no Brasil
A expansão dos serviços de água proporcionou uma redução de 16% nos gastos públicos com internações para o tratamento da dengue. A expansão dos serviços de esgoto reduziu as despesas públicas com internações relacionadas à doença em 8%
São Paulo, fevereiro de 2024 – Os casos de dengue têm aumentado no país! Uma das formas eficazes de prevenção à doença é o investimento em saneamento. A ampliação em 10 pontos percentuais na cobertura de água potável e de serviços de esgoto pode reduzir as internações por dengue em mais de 50% no Brasil. O dado é da pesquisa “O líquido da vida: estimando os impactos dos serviços de água e saneamento na saúde no Brasil”, realizada pela IDB Invest, em parceria com a BRK, uma das principais empresas privadas de saneamento do país.
Globalmente, as doenças relacionadas à água, como a diarreia, matam cerca de dois milhões de pessoas por ano. A implantação de sistemas de saneamento básico pode reduzir a incidência de diarreia e outras doenças em cerca de 30%. Diante do cenário, o estudo avaliou mais de 800 municípios brasileiros, a partir de dados do Data SUS – entre os anos de 2010 e 2021 – por meio de uma metodologia que isola os impactos do saneamento básico de outros fatores econômicos e mensura os reais reflexos da falta de cobertura desses serviços no país.
Embora os serviços de água atendam 84% da população brasileira, na área rural esse índice é de apenas 50%. A partir desses números, o IDB Invest avaliou as principais enfermidades em termos de taxas de hospitalização e custos para tratamento em dois grupos:
doenças infecciosas gastrointestinais (cólera, febre tifóide, diarreia e gastroenterite), que afetam as pessoas diretamente pelo consumo de água contaminada;
doenças transmitidas por vetores ou mosquitos (febre amarela, dengue, leptospirose, malária e esquistossomose).
Resultado: é possível reduzir um caso de hospitalização por doença de veiculação hídrica a cada 10 mil habitantes quando a cobertura de água e esgoto sobe 3 pontos percentuais. Entre as crianças abaixo de quatros anos, a redução de internações dobra em relação aos adultos.
Em média, o aumento em 1 ponto percentual na cobertura de água e esgoto diminui os gastos em saúde pública com doenças relacionadas à água em 1,5%. Em 2020, os custos representavam cerca de R$ 420 por pessoa no Brasil.
Reflexos nos municípios atendidos pela BRK
O estudo avalia ainda os impactos do saneamento em 38 municípios atendidos pela BRK. Além dos reflexos na saúde, a análise levou em consideração as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para mensurar também os impactos no desempenho escolar.
No recorte, a expansão dos serviços de água proporcionou uma redução de 16% nos gastos públicos com internações para o tratamento da dengue. A expansão dos serviços de esgoto reduziu as despesas públicas com internações relacionadas à doença em 8%.
Já o atraso escolar foi reduzido em 1,3 ano entre crianças e adolescentes com acesso aos serviços de água, e em 2,2 anos para aqueles que contam com os serviços de esgoto.
Nas cidades de Sumaré (SP), Palmas (TO) e Jataí (GO), que apesar de realidades distintas, foram identificadas melhorias significativas:
Sumaré, no interior paulista, teve reduções de 75% nas internações hospitalares, 21% nos gastos com saúde pública e 74% em atraso escolar. Os investimentos no saneamento local geraram um aumento de 15% nos empregos.
Palmas, no Tocantins, viu o número de internações caírem 62%, além de redução de 32% com gastos na saúde e diminuição de 35% no atraso escolar. A cidade viu os empregos crescerem 16%.
Jataí, em Goiás, ganhou destaque no estudo, com reduções de 56% em internações, 33% nos gastos com a saúde dos moradores e diminuição em 60% no atraso estudantil. Houve acréscimo de 11% nas contratações de mão de obra.
A BRK atua em cerca de 100 municípios do Brasil, atendendo a mais de 16 milhões de pessoas. O foco da companhia em expandir a cobertura e melhorar a qualidade do serviço se reflete nos níveis de investimento per capita nos municípios atendidos: uma média de R$ 120 por pessoa em 2020, quase o dobro do investimento médio do restante do Brasil.
Sobre a BRK
A BRK é uma das maiores empresas privadas de saneamento básico no Brasil, presente em 13 estados, beneficiando 16 milhões de pessoas. Mais de 100 cidades já contam os serviços da companhia, que é a plataforma de saneamento da Brookfield, empresa canadense que está no país desde 1899. Além da diversificação geográfica, a BRK conta com um amplo portfólio de concessões. Isso oferece à empresa uma visão sobre as necessidades de investimentos e os desafios que cada região do país enfrenta para ampliar a oferta de serviços de água e esgoto.
Para a companhia, o saneamento básico é a chave para o desenvolvimento social e econômico do Brasil e tem grande potencial de impacto positivo em áreas como a saúde e a educação. Por isso, a BRK e seus acionistas estão comprometidos com um modelo de gestão ESG (da sigla em inglês para Meio Ambiente, Social e Governança), incorporando esta estratégia à tomada de decisões da companhia e à prestação de serviços. A empresa tem também um compromisso com a Diversidade e a Inclusão, sendo signatária do Pacto Global da ONU e dos Princípios de Empoderamento das Mulheres da ONU (WEP’s).