O mercado imobiliário de Miami e região seguem aquecidos, porém existem claras indicações de aumento no estoque de imóveis disponíveis. Por outro lado, novos empreendimentos e lançamentos de luxo estão veementes no mercado com condições favoráveis.
Paulo Schneider, empresário e especialista no mercado imobiliário do sul da Florida a mais de 30 anos, explica que a consciência de que adquirir um imóvel na planta é extremamente vantajoso e é um consenso comum entre os compradores. Geralmente o prazo de entrega das unidades é de cerca de dois ou três anos, o que faz com que o comprador tenha tempo para se preparar para o financiamento, se for o caso.
Desde o centro de Miami a West Palm Beach, edifícios estão sendo levantados. No centro de Miami, está sendo preparado o terreno para a torre de escritórios mais alta da Flórida, com 1,5 milhões de metros quadrados a serem ocupados por empresas que ainda não têm presença efetiva no estado. Condomínios com as marcas St. Regis e Waldorf-Astoria já tem grande parte reservada com depósito de compradores. O mesmo se passa mais ao norte, em West Palm Beach, onde a chegada de gigantes financeiros como a Goldman Sachs, JP Morgan e a Blackrock que vem investindo em espaços de negócios, escritórios de luxo ao longo da orla marítima da cidade, o que gera ainda mais novos investimentos: um condomínio de 275 unidades chamado Olara – parte das 3.000 novas casas atualmente em desenvolvimento em West Palm Beach para atender a demanda.
Mais de três anos depois de uma migração em massa de dinheiro e pessoas para o Sunshine State, o mercado imobiliário da Flórida continua a ter um desempenho superior sobre todo o resto dos EUA.
Os novos proprietários americanos hoje fazem da Flórida, que não paga imposto sobre o rendimento, a sua residência principal. A Flórida tem um apelo evidente para os habitantes do norte. Farto da criminalidade das grandes cidades e das deficiências de qualidade de vida – e atraído pelos benefícios fiscais e pelos “home office” na praia – o estado oferece uma solução para muitos dos males mais graves da América Urbana. Trata-se de uma opção de como viver bem e com isso o Sul do Estado, tornou-se uma grande beneficiária, afirma Paulo Schneider, que acrescenta que ainda recebe vários pedidos de executivos que desejam se mudar para a região.
Segundo a National Association of Realtors (NAR), cerca de 319 mil pessoas migraram para o estado sulista no ano passado. Embora tenha sido grande a quantidade de compradores americanos, os compradores estrangeiros que de certa forma enfrentam a concorrência com os americanos, têm ainda boas oportunidades e até vantagens.
Para atender os novos clientes, os lançamentos na cidade têm ganhado sofisticação extra. É o caso da marca italiana B&B Italia, que traz o Casabella Residence para Miami, com toda a sua sofisticação. Os imóveis de alto luxo, inclusive, valorizaram 21,6% em Miami no ano passado. A cidade figura no ranking top 5 — atrás de Dubai, Aspen, Riad e Tóquio.
Sinais apontam que novos moradores continuarão a chegar, tanto a curto como a longo prazo. A atual população da área metropolitana de Miami é de 6,26 milhões de habitantes e deverá crescer mais sete por cento até 2030. Fica a pergunta: Até quando você vai esperar?
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