O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o Chanceler alemão Olaf Scholz, participaram ontem (4.12) de uma série de eventos e reuniões no Haus der Deutschen Wirtschaft, em Berlim, por ocasião das Consultas Governamentais.
Neste contexto a Câmara Brasil-Alemanha, instituição que representa oficialmente a economia alemã no Brasil desde 1916, apresentou cinco propostas para o fortalecimento das relações entre ambos os países.
Como principal foco entre as sugestões está a retomada das negociações sobre o Acordo de Bitributação entre o Brasil e a Alemanha. Atualmente a ausência de um Acordo deste tipo gera aumento nos custos com importação, assim como limita a transferência de tecnologia e know-how bilateral. O empresariado alemão no Brasil está certo de que a ratificação do Acordo de Bitributação aumentaria a atratividade do País para investimentos da Alemanha.
Os demais pontos do Position Paper da Câmara englobam a importância do fechamento rápido do Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a União Europeia; a cooperação reforçada nas áreas de Transformação Digital e Verde, o foco estratégico nos segmentos de Educação, Inclusão e Direitos Humanos, assim como cooperação no campo da Inteligência Artificial. O documento na íntegra está disponível aqui.
Para representar a instituição durante as Consultas Governamentais o Presidente da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo, Paulo Alvarenga, e a Vice-Presidente Executiva da instituição, Barbara Konner, também estiverem presentes durante o Fórum Econômico Brasil-Alemanha.
Durante o evento, Alvarenga integrou o grupo que se reuniu para um roundtable com o Presidente Lula, o Chanceler Scholz, o Ministro da Fazenda Fernando Haddad, e o Vice-Chanceler e Ministro da Economia e Proteção Climática, Dr. Robert Habeck. A reunião fechada contou também com representantes das instituições CNI, LAI, BDI, LADW, Apex e de companhias como SAP, Robert Bosch, WEG, Embraer, BRF Foods e thyssenkrupp, representada por Paulo Alvarenga.
Alvarenga participou ainda de um painel intitulado “Brasil e Alemanha: bons amigos, parceiros estratégicos”, que contou com a participação de Christiane Laibach, Porta-voz da Diretoria Executiva do KfW; Ricardo Alban, Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI); Jorge Viana, Presidente da ApexBrasil; e moderação de Wolfgang Niedermark, Membro do Conselho Executivo da BDI.
Após as falas do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do Ministro alemão da Economia e Proteção Climática, Dr. Robert Habeck, Barbara Konner, Vice-Presidente Executiva da AHK São Paulo, moderou o painel sobre o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) que contou com a participação do Ministro da Casa Civil, Rui Castro, que elucidou as principais características do plano, e da Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que abordou os aspectos sustentáveis levados em consideração no PAC.
O Fórum foi encerrado com as falas do Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Chanceler alemão, Olaf Scholz.
Consultas Governamentais
Tendo sido realizadas pela última vez em Brasília em 2015, a realização desse novo encontro é uma expressão dos laços estreitos que unem a Alemanha e o Brasil e a aproximação mais intensa dos países, dada às mudanças geopolíticas atuais, que fazem o Brasil desempenhar uma nova função na economia global e um parceiro ideal para os interesses de longo prazo da Alemanha.
Desde 2008, o Brasil é o único país da América Latina com o qual a Alemanha mantém uma parceria estratégica. Ao todo, mais de 1.600 empresas alemãs estão atualmente instaladas no Brasil. Juntas elas representam cerca de 10% do PIB industrial brasileiro e geram 250.000 empregos diretos e cerca de 1 milhão de empregos indiretos. Além disso, São Paulo é o maior polo industrial alemão fora da Alemanha.
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