São Paulo, agosto de 2024 – Com a chegada das Olimpíadas, a atenção do mundo inteiro está voltada para os atletas que participam da competição. Alguns deles, como Thaisa Daher, da seleção brasileira de vôlei, chamam a atenção não apenas por seus talentos esportivos, mas também pelas mudanças expressivas no visual. É comum ver integrantes de equipes de vários países, incluindo o Brasil, com aparência bem diferente daquela de anos atrás, seja por efeito de uma harmonização facial, toxina botulínica ou rinoplastia.
Embora nenhum procedimento seja proibido para os atletas de alto rendimento, o cuidado redobrado durante o pós-operatório é decisivo para que alcancem um resultado satisfatório — a curto e a longo prazo, conforme esclarece o cirurgião plástico Fabio Nahas, professor da Unifesp e Diretor Científico Internacional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). No caso da lipoaspiração, por exemplo, o impacto de exercícios intensos não é tão determinante para o resultado, permitindo que os pacientes retomem as atividades 30 dias após a cirurgia.
Já a mamoplastia exige mais cautela. Procedimentos como a colocação de próteses de silicone ou a elevação dos tecidos mamários podem comprometer os resultados se o paciente não seguir as indicações médicas. Em mamas com próteses, o impacto constante pode pressionar as próteses para baixo, enquanto em mamas sem próteses, os tecidos reposicionados podem sofrer alterações pelo impacto repetido associado aos efeitos da gravidade. Segundo Nahas, para que isso não ocorra, é importante que a atleta priorize o uso de sutiãs ou tops de alta sustentação. Com eles, é mais seguro que os resultados da cirurgia sejam mantidos por muito mais tempo.
No caso de procedimentos estéticos menores, como aplicação de botox e preenchimentos com ácido hialurônico, os impactos dos exercícios físicos não alteram o resultado. “Muito embora a toxina botulínica (botox) tenha seu efeito reduzido em pessoas que se exercitam intensamente, encurtando a duração do efeito desejado”, afirma o médico.
Caso sejam seguidas todas as orientações médicas, os procedimentos e cirurgias mencionados são seguros e podem oferecer resultados duradouros e satisfatórios, inclusive para atletas. Além de elevar a autoestima e melhorar a autoimagem desses competidores, algumas cirurgias podem ser, inclusive, aliadas do desempenho esportivo. “Um exemplo muito visto é a mamoplastia redutora para seios volumosos, que pode facilitar a prática de exercícios, eliminando um possível obstáculo ao movimento e ao conforto durante a atividade”, avalia Nahas.
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Caroline Vaz dos Santos
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