A revelação de que as contas bancárias de Dudu, destacado atacante do Palmeiras, sofreram um desfalque de impressionantes R$18 milhões devido a transações fraudulentas, incluindo assinaturas falsificadas, acendeu um alarme sobre a segurança em transações e a importância da verificação de documentos, especialmente no início do ano.
O caso ganhou destaque quando foi descoberto que a venda de um veículo, registrado em nome da empresa do jogador, pode ter sido feita com o uso de uma assinatura forjada que supostamente era de Dudu e ainda com eventual participação de um funcionário do cartório.
Os advogados do jogador buscaram o entendimento da transação e solicitaram o auxílio de peritos grafotécnicos, que analisaram o documento e concluíram sua falsificação. Além disso, foi citado, para a investigação, o nome de seu gerente da conta pessoal e jurídica, que, agora, será ouvido para dar sua versão.
Durante a transação, segundo o comprador, Joelson, o então agente, dizia ter largado a carreira bancária para cuidar dos assuntos relacionados ao jogador, o que ele alega não ser verdade, por meio de seus representantes.
Neste caso, a perícia grafotécnica, uma especialidade dentro da Documentoscopia, desempenhou um papel crucial ao examinar a autenticidade das assinaturas e escritas envolvidas no contrato de compra e venda do carro. Quando um contrato, como o de compra e venda do carro em questão, precisa ser oficializado e finalizado, é necessário que a assinatura seja reconhecida em cartório por autenticidade, para validar as transações e garantir a integridade dos envolvidos.
O professor e especialista da Jus Expert, Dr. Gleibe Pretti, ao comentar sobre o incidente, enfatizou a prevalência de transações de veículos neste período do ano, alertando sobre a necessidade de verificar a autenticidade das partes envolvidas para evitar fraudes. “Apesar de muitos acreditarem que os serviços de peritos são exclusivos para o judiciário, é vital procurar auxílio profissional baseado em evidências e estudos para assegurar a legitimidade das transações”, afirmou o profissional. Seu conselho ressalta a importância de contar com profissionais qualificados para prevenir contratempos e garantir a segurança das negociações.
No caso de Dudu, as implicações legais para o ex-gerente do jogador e o responsável pelo cartório ainda estão pendentes de análise judicial, que levará em conta as declarações de todas as partes envolvidas e os laudos grafotécnicos. Este tipo de fraude, mais comum em períodos de maior atividade financeira e renovação documental, destaca a vulnerabilidade de indivíduos, especialmente aqueles que gerenciam grandes patrimônios e empresas, a golpes perpetrados por indivíduos considerados de confiança.
Ainda segundo Pretti, “A situação de Dudu, se confirmada, ilustra a necessidade crítica de estar bem informado sobre as medidas de proteção disponíveis. A perícia grafotécnica é uma ferramenta valiosa não só para resolver disputas, mas também como medida preventiva contra fraudes, evitando assim, qualquer tipo de dor de cabeça futura”, evidenciando a relevância de seu campo de atuação na prevenção e resolução de crimes de falsificação documental.