Partidos políticos e federações (alianças de partidos) estão realizando as convenções, eventos em que oficializam a escolha de seus candidatos a prefeito e vereador para a eleição de outubro. O prazo encerra dia 05 de agosto.
Essas reuniões fazem parte do calendário oficial da justiça eleitoral e são um requisito necessário para as legendas e federações que desejam lançar políticos na disputa. Também são uma condição indispensável para que um candidato tenha seu registro na Justiça Eleitoral validado, o que o torna apto a concorrer.
As convenções definem quem vai concorrer a prefeito, vice-prefeito e vereador pelas siglas em outubro.
Em cada município, cada partido ou federação pode lançar um candidato a prefeito e vice. No caso de vereadores, o número de candidatos é calculado levando-se em conta o tamanho de cada Câmara Municipal. Pela lei, eles podem lançar um número de candidatos equivalente ao total de vereadores de uma cidade mais um. O grande desafio é realmente cada partido ter como representante o que realmente o povo quer, como uma convenção se limita aos filiados e dirigentes, muitos não conhecem quem realmente vai o representar.
A pré- candidata a vice-prefeitura da cidade de Guarulhos Cláudia Papotto (PSB 40) fala que “Acredito que as convenções seriam efetivamente melhores se elas tivessem a participação popular. A inclusão da voz do povo traria uma diversidade de perspectivas e experiências que enriqueceriam as discussões e decisões. Isso garantiria que as políticas e diretrizes adotadas fossem mais representativas e justas, atendendo às reais necessidades da sociedade. Além disso, a participação popular promoveria um senso de pertencimento e responsabilidade cívica, fortalecendo a democracia e incentivando a cooperação entre os cidadãos e seus representantes. Assim, as convenções se tornaram não apenas um espaço de deliberação, mas também um fórum de verdadeira colaboração e progresso social.” comenta Cláudia Papotto .
O pré- candidato a prefeito Kadu Barbosa (Avante) da cidade de Santa Isabel do estado de São Paulo comenta ”Enxergo o processo das convenções partidárias como um momento crucial na definição das candidaturas, mas também reconheço as limitações desse sistema. A escolha dos candidatos pelos dirigentes do partido pode, de fato, criar um distanciamento entre as lideranças partidárias e a base dos filiados, assim como com a população em geral. Para mitigar esse problema, sempre defendi a maior transparência e participação nas convenções, sugerindo mecanismos que ampliem o envolvimento dos filiados na escolha dos candidatos.
Isso pode incluir prévias partidárias ou consultas mais amplas dentro do partido, para garantir que as candidaturas representem melhor os anseios dos membros do partido e da população. Além disso, acredito na importância de promover o conhecimento dos candidatos junto aos filiados, por meio de campanhas informativas e engajamento direto com os eleitores, para que eles se sintam representados e confiantes nas opções disponíveis nas urnas.Contudo, a ausência de participação dos filiados na escolha de candidatos durante as convenções partidárias em alguns partidos se deve, em parte, à estrutura das comissões provisórias. Estas comissões, ao contrário dos diretórios permanentes, têm uma composição mais restrita e são formadas sem a eleição direta pelos filiados. São nomeadas pelos presidentes estaduais ou nacionais, e são destituídas da mesma forma. Muitas vezes, de surpresa, por motivos políticos ou interesses pessoais.
Historicamente, as comissões provisórias foram criadas como uma solução temporária para organizar o partido em situações excepcionais, como a formação inicial de uma legenda ou a reestruturação de um diretório. Entretanto, em muitos casos, essas comissões têm se tornado permanentes, o que concentra o poder decisório nas mãos de poucos dirigentes.
De acordo com a legislação eleitoral brasileira, os partidos têm autonomia para definir suas regras internas, incluindo o processo de escolha de candidatos. Essa autonomia permite que, em algumas situações, as comissões provisórias acabem por não incluir mecanismos de ampla participação dos filiados no processo de escolha dos candidatos. Isso pode gerar um descompasso entre a base partidária e as decisões tomadas pela cúpula, já que a consulta direta aos filiados muitas vezes não ocorre.
Para melhorar essa situação, seria necessário implementar mudanças internas nos partidos, promovendo a criação de diretórios permanentes eleitos pelos filiados, e reformular os processos internos para permitir uma participação mais ampla e democrática. Isso não apenas fortaleceria a representatividade dentro dos partidos, mas também aumentaria a legitimidade dos candidatos escolhidos junto à população.” finaliza Kadu Barbosa
Um dos principais desafios é garantir que as candidaturas escolhidas realmente representem os interesses da população. Muitas vezes, os eleitores não conhecem os candidatos que foram escolhidos, uma vez que as convenções são limitadas a filiados. Isso pode criar um descompasso entre o que a população deseja e os candidatos que se apresentam nas eleições. As convenções são um passo vital na preparação para as eleições, mas é fundamental que esses processos sejam moldados de maneira a garantir que as escolhas reflitam a vontade da população e que os candidatos realmente representem os interesses dos eleitores.
Conheça mais sobre os pré candidatos:
Pré candidata a vice-prefeita de Guarulhos- SP
Pré-candidato a prefeito de Santa Isabel – SP
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Samantha di Khali Comunica
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