O Natal promete ser de muitos presentes nas casas dos belo-horizontinos. Uma pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) revelou que os consumidores pretendem comprar até três produtos para a data. E, para isso, o investimento médio será de R$ 526,28. Este valor é 7% maior que o do último ano, quando foram gastos R$ 492, na compra de quatro presentes. A pesquisa da CDL/BH ouviu 299 consumidores da capital mineira no período de 21 de outubro a 6 de novembro de 2023.
“O Natal é a data comemorativa onde os consumidores estão mais dispostos a presentear, afinal, ela tem um grande apelo emocional. Neste ano, ainda que o número de presentes por consumidor seja menor, o tíquete médio está maior, o que significa um aumento no volume de vendas”, afirma o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva.
Os itens mais citados pelos entrevistados como os principais presentes foram roupas (67,6%), brinquedos (36%), calçados (20,9%), acessórios – joias, relógios, óculos, malas, bolsas e mochilas (13,4%), e cosméticos (9,9%).
O tíquete médio dos presentes mais procurados são:
Roupas: R$ 131,29
Brinquedos: R$ 131,29
Acessórios: R$ 112,50
Calçados: R$ 168,40
Cosméticos: R$ 179,26
Os entrevistados afirmaram que os principais homenageados na data serão filhos ou enteados, mães, madrastas, pais, padrastos e irmãos.
Formas de pagamento
O pagamento à vista foi citado por 72,3% dos entrevistados. O mesmo comportamento foi observado no ano passado, quando 65,1% dos consumidores também disseram optar por esta modalidade.
“Houve um crescimento de 11,1% na intenção de pagamento à vista, o que mostra que o consumidor está mais cauteloso, afinal, o início do ano é marcado por contas inadiáveis como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar”, explica o presidente da CDL/BH.
Dentre os que vão adquirir os presentes por meio do pagamento à prazo (27,3%), a conta será dividida em até quatro parcelas.
De forma estratificada, os métodos de pagamentos apontados pelos consumidores aparecem da seguinte forma:
Parcelado no cartão de crédito: 26,1%
PIX: 20,6%
Dinheiro: 19%
À vista no cartão de crédito: 17,4%
Débito: 15,4%
Parcelado no carnê/crediário: 1,2%
Não sabe: 0,4%
A expectativa da entidade é que com a movimentação do Natal sejam injetados na economia de Belo Horizonte R$ 2,46 bilhões durante o mês de dezembro.
Ruas movimentadas
A pesquisa perguntou aos consumidores qual o local de preferência para realizar as compras de Natal e as lojas físicas totalizaram 46,5% das menções. Os locais mais citados foram:
Lojas de rua do Hipercentro de BH: 43,1%
Internet: 28,5%
Shopping Center: 22,5%
Feira Hippie: 2,4%
Pequenos comércios: 2%
Ainda não sabe: 0,8%
Estabelecimentos de serviços essenciais, como mercados: 0,8%
A maioria dos belo-horizontinos deve ir às compras de última hora, já que 50,4% afirmaram que vão às lojas na semana do Natal. Já 30,7% disseram que pretendem adquirir os presentes com, pelo menos, 15 dias de antecedência; 16,1% cerca de 30 dias e 2,8% já compraram.
“A maior parte dos consumidores espera a segunda parcela do 13º salário para comprar os presentes, por isso a movimentação próximo à data tende a ser maior”, esclarece Marcelo de Souza e Silva.
Preço é principal influência para compra
Ao serem questionados sobre os principais fatores que influenciam a compra, 26,8% disseram que o preço é fundamental. A educação e cordialidade dos vendedores aparece em segundo lugar, com 14,6%. A confiabilidade do site foi citada por 9,6% e a credibilidade da loja, por 8,7%. Também foram apontados: qualidade do produto (8,3%) e frete grátis (6,3%).
Formas de pagamento em função do local de compra
Parcelado no cartão de crédito
Porcentagem
Internet
37,9%
Lojas de rua no Hipercentro de BH
33,3%
Shopping Center
24,2%
Pequenos comerciantes autônomos
3%
Dinheiro
Porcentagem
Lojas de rua no Hipercentro de BH
62,5%
Shopping Center
18,8%
Internet
6,3%
Comércio essencial (mercados)
4,2%
Feira Hippie
4,2%
Pequenos comerciantes autônomos
4,2%
PIX
Porcentagem
Lojas de rua no Hipercentro de BH
53,8%
Internet
26,9%
Shopping Center
17,3%
Feira Hippie
1,9%
Comemorações
Para celebrar a data, 81,4% dos belo-horizontinos irão realizar alguma confraternização, sendo que a ceia com familiares e amigos é a mais citada (73,7%). Quanto ao tradicional amigo-secreto, 25,4% dos entrevistados confirmaram que irão participar de apenas um. O gasto médio com a brincadeira será de R$ 57,23.
Lojistas otimistas
Os comerciantes da capital mineira estão com boas expectativas para a data e 49,5% acreditam que este ano será melhor que o passado. A pesquisa da CDL/BH ouviu 200 lojistas no período de 20 de outubro a 16 de novembro.
Para que isso aconteça, os lojistas estão criando estratégias para aumentar as vendas. As principais ações que devem ser realizadas são:
Flexibilidade ou facilidade de pagamento: 70%
Variedade de produtos: 69,5%
Decoração da loja: 67%
Divulgação dos produtos: 67%
Conceder descontos: 6%
*as respostas são de múltipla escolha
Além dos próprios estabelecimentos, os lojistas vão investir nos seguintes canais de vendas: WhatsApp (81%), Instagram (68%) e site da loja (14,5%).
Na perspectiva dos comerciantes, 62% dos consumidores devem gastar o mesmo que no ano passado; 23,5% irão aumentar o investimento e 14,5% vão diminuir.
Balanço econômico
Ao longo de 2023, o cenário econômico do Brasil e do mundo foi permeado por fatores como inflação externa, crédito mais caro, desaceleração e tensões geopolíticas. Contudo, o país mostrou-se resiliente e avançou em questões importantes para o crescimento econômico como queda da inflação, política monetária menos restritiva, aumento da massa salarial, programa Desenrola Brasil e aprovação do novo Regime Fiscal.
“Todos esses componentes proporcionaram crescimento da atividade econômica no país. Isso elevou a confiança do consumidor, do comerciante e também dos investidores. Por isso, nossa perspectiva é que o varejo em Belo Horizonte encerre o ano de 2023 com crescimento acima de Minas Gerais”, estima o presidente da CDL/BH.
Previsão de vendas do varejo para 2023
Brasil
3%
Minas Gerais
1,97%
Belo Horizonte
2,01%
Expectativas para 2024
Para o próximo ano, a CDL/BH acredita que as atividades econômicas do país serão beneficiadas pela geração de emprego e investimentos de capital estrangeiro.
“Com a guerra na Ucrânia e as tensões geopolíticas, as grandes empresas internacionais estão buscando diversificar seus fornecedores e reduzir sua dependência de países específicos. Com o reposicionamento das cadeias globais de suprimentos, o Brasil tem grandes chances de avançar suas exportações e também de atrair investimentos”, explica a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos.
“Com Minas Gerais posicionando-se cada vez mais como destino turístico internacional, a tendência é que o nosso estado também entre na rota global de suprimentos e isso impulsione o setor de comércio e serviços, especialmente na capital”, finaliza Marcelo de Souza e Silva.
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