Gestores e empreendedores devem ter ciência dos pontos fortes e fracos de uma companhia, assim como as oportunidades e ameaças externas, para que o negócio prospere e ganhe espaço no mercado. Para isso, é preciso ter objetivos bem estruturados, que sejam mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais.
Nesse cenário, o planejamento estratégico funciona como um guia para alcançar esses resultados. Mas para garantir o sucesso a longo prazo ele deve ser bem elaborado e acompanhado de outros elementos. Conversamos com a Luciana Carvalho, CEO da Chiefs.Group — HRtech pioneira em Open Talent Economy no Brasil —, que deu quatro dicas sobre como sua empresa pode se preparar estrategicamente para o próximo ano. Confira abaixo:
1. Planejamento estratégico deve comandar a direção
Como falamos acima, o planejamento estratégico serve para que a empresa determine onde quer chegar, em quanto tempo e o que vai fazer para atingir isso. Mas, para Luciana, o principal ponto é determinar quais serão os indicadores que garantirão a eficiência de que esse plano está funcionando.
“Apesar de muitos empreendedores entenderem a importância do planejamento estratégico e realizarem ele, ainda sinto uma dificuldade na definição de ritos de acompanhamento para garantir um bom acompanhamento dos indicadores de negócio mais relevantes e importantes bem como a gestão do dia a dia mais operacional. É crucial que o plano seja sempre revisitado para acompanhar o progresso, até para garantir que a direção traçada está correta ou ter tempo hábil para ajustar a rota. O planejamento serve para que você não tenha que ficar apagando incêndios ao decorrer do ano”, explica a executiva.
2. Quem vai colocar isso em prática?
Após o primeiro passo vem o planejamento de pessoas. Para que as estratégias definidas funcionem, é preciso saber quem irá colocá-las em prática.
A CEO comenta que é importante ter um mapeamento das habilidades e competências técnicas necessárias. “O RH estratégico deve acompanhar as necessidades da organização, e para isso ele deve visualizar o quadro de colaboradores muito além de cargos. É preciso saber se há recurso interno no time para atender as demandas do plano ou se devem contratar alguém. Assim, se a contratação for indispensável, a empresa já estará pronta para isso quando chegar o momento.”
3. Esteja de olho nas tendências do mercado
Com os avanços tecnológicos, novas soluções estão surgindo para aprimorar os processos das companhias, garantindo mais agilidade e escalabilidade. Por isso, essa é outra dica da Luciana, que defende a adoção de alguns recursos inovadores, como o Open Talent, para impactar em ganhos financeiros, de performance e até de reputação.
“O Open Talent é um conceito no qual profissionais são contratados sob demanda para somarem ao time interno, o que traz flexibilidade operacional. E não é uma coisa de outro mundo, nós já experimentamos essas relações flexíveis com terceirização, freelancers e consultorias, por exemplo. Trata-se de conectar habilidades às necessidades, e isso vai muito ao encontro do que falamos no tópico anterior”, relata Carvalho. “A contratação, quando essencial, deve ser eficiente. Pode acontecer de entendermos durante o planejamento que aquele negócio precisa do olhar de um CFO, por exemplo. Se falta recursos, vai deixar de ter? Não. Ele pode buscar outras opções, como uma mentoria, uma contratação apenas para liderar um projeto específico ou ter esse profissional na empresa por uma fração de tempo reduzida. As possibilidades são muitas quando falamos de ecossistema de talentos, só precisamos pensar para além do tradicional”, complementa.
4. Saiba se comunicar com a sua empresa
Depois que o planejamento estratégico e de pessoas está pronto, é primordial garantir que todas as partes interessadas estejam alinhadas com o que foi acordado. Luciana diz que é fundamental que todo o time caminhe, juntos, para o mesmo objetivo.
Logo, a cultura organizacional da organização também precisa estar muito bem estruturada e alinhada com o direcionamento da empresa, pois isso influenciará diretamente a forma como as metas serão sustentadas ao longo do trajeto.
“A cultura deve acompanhar o movimento do negócio. Ela será a maior responsável por atrair e reter talentos, e ter colaboradores que compartilham dos mesmos valores, que tomem decisões a partir do contexto organizacional. Isso é fundamental para garantir motivação e resultados, o que faz a diferença no dia a dia e na forma como o planejamento será executado”, finaliza ela.
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