Dados epidemiológicos revelam que a prevalência do Transtorno do Espectro Autista (TEA) vem aumentando significativamente ao longo dos anos. Os últimos dados divulgados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência de Saúde dos Estados Unidos (EUA), apontou que, em 2023, uma em cada 36 crianças foram diagnosticadas com TEA. Para se ter uma ideia do crescimento, em 2004, o número era de um diagnóstico a cada 166 crianças. Em 2012, subiu para um a cada 88 crianças que recebiam o laudo. E em 2020, a prevalência já estava em um para 54. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é de que existam cerca de 70 milhões de pessoas autistas no mundo, sendo 2 milhões delas no Brasil.
Apesar do aumento significativo, a sociedade ainda está aprendendo sobre essa condição e estudando melhores formas de incluir essas crianças no ensino regular, bem como, posteriormente, adultos no mercado de trabalho. Tanto é que no dia 02 de abril é celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, junto com o Abril Azul – Mês de Conscientização sobre o Autismo, no qual atividades são realizadas em todo mundo para chamar atenção ao tema. Atenta à demanda por profissionais que saibam atuar com esse público, desde janeiro deste ano, a UniCesumar está oferecendo o curso superior de Tecnologia em Acompanhamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Pós Graduação em TEA. Depois de formado, o profissional poderá oferecer suporte no processo de aprendizagem do autista e no seu convívio, por meio de estratégias que resultam na inclusão social dessas pessoas.
Essa demanda, inclusive, é um direito previsto na lei federal 12.764/12, que institui a Política de Proteção dos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista. O texto garante, nos casos de comprovada necessidade, o direito da criança autista e matriculada em escola regular de possuir acompanhamento em sala de aula. “É urgente a necessidade de profissionais capacitados para que essas crianças sejam atendidas com qualidade em suas particularidades. É preciso criar ambientes e rotinas que atendam às necessidades sensoriais e de regulação das pessoas autistas, bem como promover a sensibilização social para redução do estigma associado ao autismo, explorando questões éticas. Nosso curso atende a todos esses quesitos”, diz a coordenadora do curso EAD, Waleria Leonel.
Mudança no diagnóstico
Diferentemente de anos atrás, quando havia classificações e tipos de autismo, a partir do DSM-5, o Autismo passa a ser chamado de Transtorno do Espectro Autista, classificado como um dos Transtorno do Neurodesenvolvimento, caracterizado pelas dificuldades de comunicação e interação social e também os comportamentos restritos e repetitivos. Portanto, o novo DSM-5 trouxe mudanças significativas em todos os critérios usados para realização do diagnóstico de autismo, ampliando a identificação dos sintomas e focando em observações do desenvolvimento da interação social e comunicação das crianças. A classificação está relacionada às necessidades de suporte da criança, que vão de níveis 1, 2 e 3, leve , moderado e severo.
Graduação e Pós Graduação em TEA
A graduação TEA no formato tecnólogo, que tem o período mínimo de duração de quatro semestres (dois anos), receberá matrículas na modalidade de ensino EAD e é direcionado a pessoas que tenham interesse em se aprofundar no tema. Contudo, profissionais da educação podem ter mais interesse na qualificação, já que ao concluir o curso terão um diploma de nível superior que comprova a aptidão no acompanhamento de pessoas diagnosticadas com TEA. Para isso, entre os diversos conteúdos curriculares, há disciplinas de imersão profissional e está previsto o acesso ao laboratório virtual especializado, para que os acadêmicos vivenciem experiências práticas controladas em espaços de acompanhamento escolares e multidisciplinares.
Já a Pós-graduação em Educação Especial: Transtorno do Espectro Autista tem duração de 8 meses e oferece conhecimentos e habilidades específicas para capacitar profissionais a atenderem de forma adequada e inclusiva às necessidades das pessoas com TEA. Com ela, o profissional estará apto para atuar em escolas inclusivas, clínicas especializadas, centros de reabilitação e organizações voltadas para o suporte e inclusão de pessoas com TEA.
Atendimento clínica de psicologia em Ponta Grossa (PR)
O curso de Psicologia da UniCesumar em Ponta Grossa desenvolve um projeto de extensão chamado “Teia”, voltado às mães, pais, cuidadores de pessoas com autismo, que vivem essa rotina desgastante e que muitas vezes abdicam de suas próprias vidas em prol do outro. O encontro semanal é para que haja esse momento voltado para si e para as suas necessidades e cuidados. Ou seja, um espaço para poder falar sobre o que incomoda, o que alegra, as dificuldades e os desafios enfrentados.
“Pensando na participação desses pais, e como muitos poderiam deixar de participar por não terem com quem deixar os filhos para frequentar o grupo, desenvolvemos um grupo paralelo com os filhos autistas, para que os pais possam ficar tranquilos enquanto ofertamos um espaço de socialização para as crianças”, explica a coordenadora do curso Cintia Pigatto. Nesse grupo de socialização são desenvolvidas atividades e brincadeiras visando a comunicação entre as crianças e a criação de vínculo.
Para 2024, haverá a abertura de um novo grupo com início no dia 02 de maio. Os encontros serão semanais, todas às quintas-feiras, das 14h às 15h30. Quem conduz os grupos são alunos do último ano de psicologia, apoiados de alunos do 7º e 5º semestres. Esse projeto é uma parceria com o Observatório de Inclusão de Ponta Grossa, então, das 15 vagas ofertadas à participação de pais/responsáveis, metade é destinada aos pais/responsáveis que participam desse observatório da inclusão e as demais mediante livre demanda pelo contato e inscrição no serviço-escola de psicologia da UniCesumar.
Serviço:
Projeto de extensão Teia – mães, pais, cuidadores de pessoas com autismo
Informações e inscrições: (42) 3700-2250 ramal 5026 ou clinica.psicologiapg@unicesumar.edu.br
Atendimento clínica de Fonoaudiologia em Maringá (PR)
A UniCesumar em Maringá oferece atendimento gratuito de fonoaudiologia para crianças com autismo. Os atendimentos são feitos de forma individual pelos estagiários do 4º ano do curso de fonoaudiologia sob orientação e supervisão de professores. De acordo com a professora Mariana Conti, coordenadora da clínica, após inscrição na recepção, os interessados irão passar por triagem e avaliação. Na sequência, o paciente é encaminhado para o estágio de terapia. “As vagas para atendimento são abertas conforme os tratamentos dos pacientes forem terminando. Por isso, há uma fila de espera, mas as triagens vão acontecendo ao longo do ano”, afirmou.
Serviço:
Clínica de Fonoaudiologia
Informações e inscrições: (44) 99118-6709.
Sobre a UniCesumar
Com mais de 30 anos no mercado educacional e desde 2022 como uma das marcas integradas ao grupo Vitru Educação, a UniCesumar conta com uma comunidade de mais de 400 mil alunos. Atualmente, possui uma robusta estrutura de Educação a Distância (EAD), com mais de 1,3 mil polos espalhados por todas as regiões do país, além de três unidades internacionais localizadas em Dubai (Emirados Árabes), Genebra (Suíça) e Joso (Japão). No ensino presencial, destaca-se o curso de Medicina, oferecido nos campi de Maringá (PR) e Corumbá (MS), juntamente com outros quatro campi localizados em Curitiba, Londrina, Ponta Grossa (PR) e Campo Grande (MS). Como um dos dez maiores grupos educacionais privados do Brasil, a UniCesumar oferece um portfólio diversificado com mais de 350 cursos, abrangendo graduação, pós-graduação, técnicos, profissionalizantes, mestrado e doutorado. Sua missão é promover o acesso à educação de qualidade e contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional de seus alunos, preparando-os para os desafios do mercado de trabalho.