Por Thaís Borges*
Não é uma novidade que o mundo corporativo e a era digital estão em constante movimento, instaurando novas tendências e modelos que influenciam a competitividade e a austeridade das empresas. Quando observamos o espectro fiscal e tributário, tais impactos tecnológicos e gerenciais são primordiais para a garantia da conformidade e da estabilidade da estrutura financeira e contábil.
Nesse sentido, uma estratégia surge para alinhar expectativas e gerar oportunidades de crescimento, sem perder de vista a gestão de riscos. Trata-se do planejamento tributário, que impulsiona a eficiência e a precisão de informações ao aplicar inteligência fiscal em suas análises.
No contexto atual que o Brasil vive, ainda com alta complexidade tributária, além do planejamento, a tecnologia entra como forma de acalentar dores do setor, como falta de agilidade, falta de cruzamento de informações seguras e falta de acessibilidade. Sendo um desafio para muitas empresas, como pontua a conclusão do ITDBr de 2023 (Índice Transformação Digital Brasil 2023), uma pesquisa feita pela PwC Brasil e pela FDC (Fundação Dom Cabral), quando falamos do departamento tributário, as horas despendidas para pagamento e análise de impostos só reforçam a necessidade da tecnologia se tornar o ‘coração’ da gestão tributária, possibilitando novas estratégias e oportunidades.
O que define um planejamento tributário efetivo?
O planejamento tributário, em sua essência, possibilita que uma empresa respire novos ares fiscais, com mais transparência, mais confiabilidade e mais desenvoltura nos processos. Por ter um caráter analítico, essa análise permite que as empresas encontrem oportunidades de investimento, de redução de riscos, de diminuição da carga tributária e de otimização logística e/ou operacional, implicando em um sistema tributário mais sustentável. Esse cenário é possível graças à inteligência fiscal, crucial para que o planejamento tributário consiga surtir os efeitos desejados.
Explicando melhor como ocorre a aquisição de recursos tecnológicos para a alta performance tributária, soluções focadas na parametrização fiscal das atividades empresariais, motor de cálculo dos tributos e precificação nas compras e nas vendas são os grandes destaques para que o departamento ganhe mais efetividade e precisão. Em suma, tais soluções e softwares colaboram para que as análises, vendas e prestação de serviços sejam cada vez mais personalizadas, focadas e dinâmicas, favorecendo diretamente o ganho de competividade no mercado em relação à concorrência.
Com a parametrização fiscal, por sua vez, exerce uma função crítica no enfrentamento da complexidade tributária, parametrizando informações de forma personalizada e, claro, sempre atualizadas. Isso possibilita que a empresa opere com alíquotas e regras tributárias corretas, por toda a cadeia de entrada e saída de mercadorias, gerando agilidade, confiança e qualidade nos processos.
Em relação ao motor de cálculo, por exemplo, este poderá ser integrado aos softwares utilizados pela empresa, permitindo ao gestor ter a oportunidade de aprimorar a rotina de cálculo de tributos, lidando com operações de alta demanda, aplicando as regras tributárias para toda transação conduzida e fomentando um cotidiano operacional capaz de acompanhar essa enormidade de regras e atos legais publicados diariamente no país.
Por último, a questão da precificação surge como um diferencial bastante promissor, não só complementando a gestão tributária, como indicando caminhos mais vantajosos para o momento de definição de preço. Para tanto, é fundamental que o setor conte com um simulador de cálculo desenvolvido para, na entrada, indicar o melhor custo de aquisição e o melhor fornecedor, enquanto na saída, consiga estipular a margem de lucro almejada, calculando os tributos incidentes na operação e formando o preço de venda ao produto.
Os benefícios da inteligência fiscal
Compreendendo que a tecnologia simplifica (e transforma) braços importantes dentro da gestão, é hora de abrirmos espaço para o entendimento de como o planejamento tributário também recebe boas influências para a melhoria de insights estratégicos em tomadas de decisões. Começando, primeiramente, por evidenciar que o mapeamento correto de dados é o grande diferencial da tecnologia integrada ao planejamento tributário. Isso em ocorrência ao fato de que, para a conformidade fiscal, a perda de informações ou a ineficiência no cruzamento e compartilhamento de dados, abre brechas para que erros em cálculos e declarações aconteçam e, assim, fragilize a estrutura financeira e possibilitando a constatação de um passivo fiscal.
A automatização de operações tributárias, por sua vez, também proporciona mais confiabilidade no tratamento de informações que compõem os relatórios e as entregas tributárias. O controle dos processos de forma segura e otimizada permite que padrões, tendências e oportunidades sejam identificados, e que grandes volumes de dados fiscais e jurisprudências sejam tratados com agilidade e dentro do que as normas vigentes esperam encontrar em declarações. Assim, a visão de negócio torna-se ampla, garantindo decisões mais conscientes.
É nítido, com isso, que recursos tecnológicos passam a fazer parte integral de um planejamento tributário realmente efetivo, que lida com complexidades do sistema fiscal e previne que riscos sejam cometidos e penalidades sejam aplicadas. Acreditar, portanto, que o ecossistema tributário de uma empresa também está por dentro do universo digital, principalmente em tempos de Reforma Tributária, bem como apostar no uso de tecnologia especializada, é o caminho mais consciente para a evolução e a conformidade.
*Thais Borges é Sócia e Diretora Comercial da Systax, empresa de inteligência fiscal.
Sobre a Systax
A Systax Sistemas Fiscais compartilha inteligência tributária para os negócios de seus clientes, juntos por menos esforços e tributação mais inteligente. Acompanha diariamente as mudanças da legislação tributária para garantir a atualização constante dos parâmetros fiscais nos diversos ERPs e outros sistemas. Também valida as informações tributárias que constam na Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), permitindo a correta geração do SPED. Para tanto, mantém uma base de dados com mais de 26 milhões de regras fiscais estaduais e federais, abrangendo ICMS, ICMS-ST, PIS, COFINS e IPI. A Systax combina essas regras para gerar e monitorar mais de 3,5 bilhões de itens dos clientes, sistematizando a tributação de todos os segmentos econômicos nas 27 Unidades Federativas.