Ao longo da História, a humanidade desenvolveu ferramentas que acompanharam suas necessidades, resolvendo seus principais problemas. Para isso, as sociedades passaram por diversas revoluções tecnológicas, que transformaram radicalmente setores como economia e cultura.
A primeira grande revolução tecnológica foi a Revolução Agrícola, há cerca de 10 mil anos. Com a domesticação de animais e o cultivo de plantas, as sociedades transitaram de um estilo de vida nômade de caça e coleta para um modo de vida baseado na agricultura. Este avanço permitiu a criação de excedentes alimentares, o que, por sua vez, possibilitou o crescimento populacional e o surgimento de civilizações mais complexas.
A Revolução Industrial, iniciada no final do século XVIII na Inglaterra, foi a segunda grande transformação tecnológica. Caracterizada pela mecanização da produção e pelo uso de novas fontes de energia, como o carvão, essa revolução levou à escalada da urbanização, com ascensão das fábricas, ferrovias e, posteriormente, da eletricidade.
Já no final do século XX, a Revolução Digital transformou o mundo com o desenvolvimento dos computadores e da internet, remodelando a comunicação, a informação e o comércio. A digitalização trouxe uma nova era de conectividade, permitindo o compartilhamento instantâneo de informações e a criação de empresas de base tecnológica.
Atualmente, a humanidade passa por uma nova revolução tecnológica, a Revolução da Inteligência Artificial (IA). Com avanços em machine learning, redes neurais e processamento de linguagem natural, a IA passa a desempenhar um papel cada vez mais central em diversos setores, prometendo aumentar a eficiência, personalizar experiências e, potencialmente, criar desafios éticos e de emprego.
A partir desses avanços tecnológicos, surgiu a Educação 4.0, com a junção de processos educacionais às necessidades e demandas da quarta Revolução Tecnológica. Esta nova abordagem educacional busca preparar os alunos para um mundo em constante evolução, onde habilidades como pensamento crítico, criatividade e adaptabilidade são tão importantes quanto o conhecimento técnico. As chamadas Edtechs, que são startups que desenvolvem soluções para o setor da educação, são as principais responsáveis pela transformação dos formatos de aprendizado, utilizando a tecnologia de forma escalável e inovadora.
Nas Edtechs, a personalização é o principal foco do uso da tecnologia, como realidade aumentada (AR), realidade virtual (VR), impressão 3D e laboratórios virtuais. A inteligência artificial e big data permitem a criação de programas educacionais adaptativos que se ajustam às necessidades individuais dos alunos, associadas e essas tecnologias. Isso significa que o ritmo, o conteúdo e a metodologia de ensino podem ser ajustados para maximizar o potencial de aprendizado de cada estudante.
A abordagem tradicional com aulas expositivas é substituída pelo aprendizado baseado em projetos e problemas, o PBL (Problem-based Learning), incentivando os alunos a trabalhar em projetos reais ou simulações que exigem a aplicação prática de conhecimentos teóricos. O PBL é muito utilizado na educação médica, para análise de casos clínicos reais. O método não só torna o aprendizado mais envolvente, mas também desenvolve habilidades de resolução de problemas e trabalho em equipe.
Além das habilidades técnicas, a Educação 4.0 dá grande ênfase às habilidades socioemocionais, como empatia, comunicação, liderança e colaboração. Essas habilidades são essenciais em um mundo onde o trabalho em equipe e a interação humana são cada vez mais valorizados, mesmo em ambientes altamente tecnológicos.
Dessa forma, a implementação da Educação 4.0, impulsionada pelas Edtechs, oferece uma série de benefícios, como aumento do engajamento do aluno, inclusão, acessibilidade, desenvolvimento de habilidades que precisam de prática e de exposição a situações reais, além da preparação para o novo mercado de trabalho, mais tecnológico e colaborativo.
Ao focar em personalização do aprendizado, integração de tecnologias avançadas e desenvolvimento de habilidades socioemocionais, o aluno tem sua formação direcionada a um mercado dinâmico, em constante mudança. No entanto, para que seu potencial seja plenamente realizado, é necessário enfrentar desafios relacionados à infraestrutura, formação de professores e diminuir a desigualdade digital, compromisso conjunto dos setores público e privado. Com a implementação bem-sucedida destas tecnologias, a Educação 4.0 tem o poder de revolucionar o aprendizado e criar uma sociedade mais preparada para o mercado do futuro.
*Rafael Kenji Hamada é CEO da FHE Ventures, uma venture builder focada em desenvolver startups voltadas a tecnologias de saúde e educação. E-mail fheventures@nbpress.com.br
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A FHE Ventures é uma venture builder que investe em startups de saúde e educação. Para mais informações, acesse: https://fheventures.com.br/ ou @fheventures.
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