O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina subiu no terceiro trimestre de 2023 com contribuições positivas do Indicador da Situação Atual (ISA) e do Indicador das Expectativas (IE).
Os resultados do Brasil lideraram essa melhoria, seguida pelo México.
O indicador do Brasil passou da zona desfavorável para a zona favorável registrando uma variação de 62,6 pontos entre o 2º e o 3º trimestre de 2023. O indicador do 3º trimestre é o maior desde o 4º trimestre de 2012.
A principal contribuição para a alta foi dada pelo componente relacionado à situação presente.
A trajetória de queda na taxa de inflação, a aprovação do Arcabouço Fiscal e da Reforma Tributária, além das revisões na projeção do PIB seriam alguns dos fatores que explicam esses resultados. A sondagem foi realizada antes da queda na taxa SELIC pelo Banco Central, a qual pode ser compreendida como um outro fator adicional positivo para os próximos meses.
Até o final do 4º trimestre, o país ainda pode se beneficiar pela aprovação final de reformas importantes para o governo no Congresso.
Já para o México, o segundo colocado, todas as variações foram inferiores às brasileiras. No entanto, todos os indicadores passaram da zona desfavorável para a favorável.
No México, assim como no Brasil, a queda no preço das commodities levou à queda na taxa de inflação junto com a valorização da moeda mexicana. Em adição, deslocamentos nos fluxos de investimento diretos dos Estados Unidos e da China para o México são apontados por diversos analistas como um fator positivo.
Assim, o Brasil e o México, como as maiores economias da região, explicam a melhoria dos indicadores da Sondagem da América Latina.
De modo geral, todos os países da região apresentaram melhoria, com exceção do Uruguai.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Economia, FGV-IBRE.