Entre 30 de setembro e 02 de outubro, o Futurecom 2025 vai levantar vários debates de como o Brasil pode ser encarado como pólo estratégico para abrigar os maiores data centers da América Latina, devido às condições geográficas ideais e diversas matrizes energéticas.
O cenário positivo, porém, tem de estar atrelado a políticas estratégicas de sustentabilidade para minimizar o impacto no meio ambiente. Além do espaço físico que ocupa, os data centers dependem principalmente da capacidade de geração de energia, da estabilidade no seu fornecimento e da capacidade das linhas de transmissão.
O Futurecom – maior plataforma de conectividade, tecnologia e inovação da América Latina – não deixaria, portanto, de reservar espaço para essa discussão entre executivos das principais empresas e consultorias do setor. No dia 01/10, às 17h, Victor Arnaud, presidente da Equinix; e Matheus Rodrigues, sócio líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Deloitte, estarão no painel “Data centers: o Brasil como um pólo estratégico”, na Plenária 1. E também em 02/10/2025, às 14h, haverá o “Infraestrutura para IA: construindo uma base sólida para IA do amanhã”, na Plenária 2, com Ricardo Tadao Koyama, senior business manager da Tata Consultancy Services.
No fim do ano passado, a imprensa divulgou previsões publicadas pela consultoria Gartner de que a inteligência artificial e a IAGen provocam rápidos aumentos no consumo de eletricidade. A alta de demanda pode chegar a até 160% nos próximos dois anos, o que resulta na possibilidade de 40% dos data centers de IA no mundo estarem limitados em suas operações pela disponibilidade de energia até 2027. Para se ter uma ideia, a Agência Internacional de Energia estima que os data centers consumiram entre 1% e 1,3% da eletricidade mundial em 2022, e essa demanda pode aumentar exponencialmente até 2026.
De acordo com Hermano Pinto, diretor do Portfólio InfraTech da Informa Markets Latam e responsável pelo Futurecom, “embora os benefícios trazidos pelo avanço da inteligência artificial sejam amplamente relevantes, é importante ter em mente as demandas por recursos que se apresentam, seja em termos de energia como de capacidade de processamento e de rede. Medidas de fomento e políticas de incentivo alinhadas entre os governos e as empresas serão fundamentais para que se garanta o desenvolvimento de novos data centers e até de novas soluções”.
Com expectativa de atrair mais de 300 marcas expositoras e 30 mil profissionais do setor, edição comemorativa de 30 anos do Futurecom, será realizada no São Paulo Expo, com mais de 25 mil m² de área de exposição.
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Patricia Nunes Soares
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