Entre janeiro e julho deste ano, o comércio exterior do Paraná movimentou US$ 14,4 bilhões, registrando um avanço de 13,3% em relação ao mesmo período de 2022. O agronegócio, impulsionado pela safra recorde, liderou as exportações, com destaque para a soja, que representou 22,9% das vendas e movimentou US$ 3,3 bilhões.
Francisco Castro, economista do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) avalia que os fatores climáticos referentes ao exercício de 2022 e 2023 foram favoráveis para esse resultado.
“Uma vez que a soja teve uma produção estimada de crescimento de 80% em relação ao exercício anterior. Desse modo, percebe-se que a demanda internacional por produtos primários deverá seguir em alta até o final do ano, uma vez que as quantidades das exportações serão crescentes”, comenta.
O levantamento feito pelo Ipardes mostrou que as exportações de torneiras e válvulas cresceram 187,1%, de US$ 35,5 milhões em 2022 para US$ 101,9 milhões em 2023. Já as máquinas de terraplanagem e perfuração tiveram aumento de 95,1%, indo de US$ 116,7 milhões para US$ 227,7 milhões no mesmo período.
O economista destaca que quando relacionado ao setor industrial de produtos ligados à pauta de exportação do estado, a economia global continua a se recuperar gradualmente dos efeitos da pandemia e da invasão Russas à Ucrânia.
“Uma vez que no curto prazo, os sinais de progressão são inegáveis devido às interrupções na cadeia de fornecimento estarem terminando, nesse sentido há uma perspectiva muito positiva em relação à continuidade desse bom desempenho das exportações do estado”, ressalta.
O levantamento do Ipardes revela que, nos primeiros sete meses do ano, o Paraná obteve um superávit comercial de US$ 4 bilhões. Durante esse período, as importações estaduais totalizaram US$ 10,3 bilhões (R$ 51 bilhões), representando uma queda de 18,7% em relação ao mesmo intervalo de 2022, quando atingiram US$ 12,7 bilhões.
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