Uma modalidade de financiamento ainda desconhecida por empreendedores no país, mas que pouco a pouco viabiliza novos negócios, o Aporte de Crédito Internacional (ACI) é a especialidade da Inteligência Comercial. Há mais de uma década no mercado, a IC já facilitou a captação de mais de US$ 700 milhões por empresários brasileiros por meio desse tipo de operação. O CVO da empresa, Luciano Bravo, enumera as vantagens de se buscar empréstimos no estrangeiro e não depender das operações bancárias tradicionais.
De acordo com Luciano Bravo, em primeiro lugar estão os juros muito mais competitivos. Enquanto no país as taxas chegam a 30% compostos, num cenário de elevação da Selic pelo Banco Central, os fundos de investimento estrangeiro oferecem empréstimos com juros de 6% a 8% simples, níveis sem concorrência nas linhas de crédito disponíveis em instituições brasileiras. Vale dizer que, muitas vezes, os bancos emprestam o dinheiro que eles próprios buscam no exterior, mas com taxas muito maiores.
Não há números precisos para o volume de crédito aportado ao Brasil desta forma. Bravo estima que o montante anual seja algo entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões, num contexto de US$ 71,1 bilhões em Investimentos Estrangeiros Diretos IEDD) no país em 2024. A perspectiva para esse mercado, contudo, é que os negócios devem saltar das atuais 50 para 2,5 mil empresas financiadas internacionalmente até 2030.
“O acesso ao crédito internacional permite que as empresas se fortaleçam e ampliem sua capacidade de investimento, tanto em inovação quanto em expansão. As empresas que não conseguem acessar esses recursos ficam à mercê de condições de crédito domésticas mais restritas, o que torna muito mais difícil competir no mercado global”, aponta Bravo.
A segunda vantagem do modelo de ACI, destaca ele, são os prazos para o pagamento dos empréstimos. Normalmente, os bancos dão prazos de 60 a 365 dias, no Brasil, segundo dados levantados pela Inteligência Comercial, tomando como base o médio empresário brasileiro. Já os fundos estrangeiros costumam liberar o crédito com prazos maiores, com carência mínima de 3 anos, podendo chegar a 10 anos de prazo, de acordo com Bravo, o que possibilita às empresas reinvestirem capital, em vez de direcionar todo o lucro posterior ao crédito no pagamento do mesmo.
Entretanto, o financiamento estrangeiro ainda é pouco explorado. A operação se baseia na criação de uma unidade da companhia brasileira no estrangeiro, que será destinada à operação de crédito, dispensando assim o papel das instituições bancárias.
“O crédito no Brasil é altamente concentrado, e as opções para o empresário são limitadas. Foi aí que eu comecei a aplicar o modelo SPC, que permite atuar como investidor internacional qualificado e trazer recursos para o Brasil, beneficiando as empresas brasileiras com condições mais favoráveis. Isso dá, sem dúvida alguma, uma nova perspectiva de crescimento”, observa Bravo.
É preciso ter um imóvel (planta industrial, propriedade rural ou qualquer outra propriedade) avaliado em pelo menos R$ 50 milhões, ou o empresário pode se valer da propriedade de terceiros para utilizar como garantia no empréstimo.
A terceira vantagem do ACI, no entanto, é que ele não vai precisar hipotecar o imóvel. Na hipoteca, o imóvel acaba sendo entregue caso o empréstimo não seja pago. No ACI, o título da propriedade fica em posse da empresa ou fiador, quando o caso, até que o empréstimo seja pago.
“Nosso objetivo é proporcionar às empresas brasileiras acesso a linhas de crédito internacionais que possibilitem seu crescimento e competitividade no mercado global. Através de um processo estruturado de internacionalização e aporte de capital, auxiliamos nossos clientes a superar as barreiras financeiras e operacionais que muitas vezes limitam seu potencial de expansão”, explica Bravo.
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Andreia Souza Pereira
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