Telerradiologia revoluciona o acesso à saúde nas comunidades indígenas e ribeirinhas do Amazonas
O projeto já proporcionou mais de 5 mil atendimentos críticos para avaliação de câncer de mama e levou mais de 130 mulheres à mesa de cirurgia na floresta amazônica. A parceria com a Intel e instituições de pesquisa, como a Universidade Estadual do Amazonas e a Universidade Federal do Amazonas, tem sido crucial para a expansão e desenvolvimento de novas tecnologias.
A telerradiologia, uma modalidade avançada de telemedicina, tem revolucionado o acesso à saúde em comunidades indígenas e ribeirinhas do Amazonas. Nos últimos 12 anos do projeto, cerca de 300 mil exames, incluindo raios-x e mamografias, foram realizados, transformando a vida de milhares de pessoas em áreas remotas. O impacto da telerradiologia vai além do simples acesso a exames, permitindo tratamentos adequados e oportunos para muitos pacientes em situação crítica e emergências, como traumas. Diagnósticos mais rápidos e precisos podem fazer a diferença entre a vida e a morte.
Marcelo David, médico radiologista responsável pela emissão de laudos de telerradiologia e diagnóstico por imagem no Estado do Amazonas, explica que o impacto da telerradiologia para as populações indígenas e ribeirinhas é muito positivo. “No Amazonas, as distâncias são enormes. Pacientes podem precisar viajar de três a cinco dias, muitas vezes cruzando fronteiras, apenas para realizar um exame básico como raios-x ou uma mamografia na capital, Manaus. A telerradiologia permite que esses exames sejam realizados localmente, economizando tempo e recursos financeiros significativos para os pacientes,” ressaltou.
O especialista da Diagnext destaca ainda que a dificuldade de deslocamento não é apenas uma questão de tempo, mas também de recursos financeiros. “Muitos pacientes simplesmente não têm condições de viajar para a capital, e mesmo aqueles que conseguem enfrentar o custo do transporte enfrentam desafios adicionais como a hospedagem e o apoio social necessário durante a estadia”, contou.
No interior do Amazonas, os exames mais frequentemente realizados são os raios-x e mamografia, devido à complexidade menor desses procedimentos. O médico radiologista relata que, enquanto algumas cidades maiores têm infraestrutura para realizar tomografias, a maioria dos municípios depende de exames de menor complexidade. “Nós estamos trabalhando para levar esses exames essenciais diretamente às comunidades locais,” reiterou.
De acordo com Marcelo, o projeto de telerradiologia não só melhora o atendimento, mas também integra as equipes de saúde de forma eficaz. “A interação entre médicos, técnicos e especialistas é crucial para garantir exames de qualidade e diagnósticos precisos”, reforçou, acrescentando que o futuro da telerradiologia no Amazonas é promissor e um caminho sem volta. “A evolução tecnológica e a necessidade de acesso à saúde em áreas remotas tornam indispensável a continuidade e expansão desses serviços. Com os investimentos certos em telecomunicação e formação de equipes, podemos garantir que essa inovação continue a beneficiar as populações distantes,” concluiu Marcelo.
A telemedicina da imagem na saúde pública
A telerradiologia é a prática da telemedicina no campo da imaginologia e radiologia. Ela envolve exames como tomografia, ressonância magnética, raios-x, ultrassom, densitometria óssea, mamografia, entre outros. Essas tecnologias promovem inclusão na saúde pública em ambientes onde não há capacidade de realização. O médico radiologista da Diagnext, Marcelo David, conta que, em 2015 e 2016, a Diagnext foi responsável pela realização da primeira campanha de mamografia na floresta amazônica.
Durante essa campanha, foram realizados mais de 100 mil exames de radiologia, com cerca de metade sendo mamografias e a outra metade raios-x. “Esses exames permitiram a detecção precoce de câncer de mama em muitas mulheres, viabilizando mais de uma centena de cirurgias para tratamento da doença. A implementação da telerradiologia nessas áreas não só proporcionou diagnósticos precisos e rápidos, mas também salvou vidas ao possibilitar o tratamento precoce de condições graves”, ressaltou.
Segundo Marcelo David, volume, eficiência e velocidade de atendimento são as principais demandas. “A ausência de um sistema de comunicação robusto no interior impede a implementação eficaz de tecnologias de telemedicina. No entanto, a Diagnext supera esses desafios, transportando grandes volumes de dados em áreas remotas e garantindo simultaneidade essencial para salvar vidas”, reforçou.
Expansão e Telecirurgia em 2025
Além da telerradiologia, a Diagnext está desenvolvendo um projeto de telecirurgia. Leonardo Melo, CEO da Diagnext, conta que os testes laboratoriais no Amazonas já foram feitos e que os testes em hospitais serão realizados no primeiro trimestre de 2025. “A telecirurgia tem o potencial de transformar a oferta de serviços cirúrgicos em cidades do interior, onde atualmente não existem cirurgias agendadas”, ressaltou.
Os desafios tecnológicos são grandes, mas a Diagnext está focada em superar barreiras operacionais e protocolares. A parceria com a Intel e instituições de pesquisa, como o CNPQ, Finep, CDTI / Espanha, a Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), tem sido crucial para o desenvolvimento de novas tecnologias. Segundo Leonardo, os planos futuros incluem expandir os projetos de telecirurgia e telerradiologia, utilizando tecnologias inovadoras para alcançar mais pessoas e levar saúde a fronteiras nunca antes atingidas. “Nossa principal motivação é atender a população e proporcionar um atendimento médico digno”, salientou.
A Diagnext já proporcionou mais de 5 mil atendimentos críticos para avaliação de câncer de mama e levou mais de 130 mulheres à mesa de cirurgia somente na floresta amazônica. Com uma operação robusta de data centers e um ambiente de comunicação eficiente, a empresa continua a inovar e a expandir seus serviços, trazendo resultados significativos para a saúde pública no Brasil.
Presente em 20 hospitais do Amazonas, a Diagnext planeja expandir seu atendimento para 120 hospitais, com um contrato que pode abranger até 150 unidades. A expansão incluirá também hospitais médios, pequenos e clínicas de família, criando uma infraestrutura de dados mais sofisticada do que a existente em São Paulo. Essa rede permitirá a aplicação de inteligência artificial para melhorar o atendimento. Os 20 hospitais atualmente atendidos pela Diagnext prestam serviços essenciais a comunidades ribeirinhas e indígenas, evidenciando a importância do projeto em uma região onde a densidade populacional é baixa e o acesso a exames médicos é crucial.
Sobre a Diagnext: A Diagnext é uma empresa pioneira na criação de soluções 100% nacionais de Telemedicina. Através de sua tecnologia inovadora, oferece serviços de radiologia à distância (telerradiologia), possibilitando diagnósticos em regiões com infraestrutura de telecomunicação precária. Integrando medicina e engenharia de telecomunicação, a Diagnext desenvolve também soluções avançadas e armazenamento de grandes volumes para a transmissão de dados, atendendo com excelência os mercados de telecomunicações e bancário. Com um compromisso firme com a inovação e a melhoria do acesso à saúde, a Diagnext está na vanguarda da transformação digital no setor.
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VIVIAN TEIXEIRA DA SILVA
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