O clima está mais imprevisível do que nunca. Incêndios, furacões e enchentes de grandes proporções geraram mortes e muita destruição ao redor do mundo nos últimos anos. O que antes era esporádico e sazonal agora é mais frequente e intenso, causando danos irreparáveis não somente às famílias atingidas, mas também às organizações públicas e privadas, que demoram para retomar as suas operações, estendendo o problema por um longo período. É hora de as organizações evoluírem as suas estratégias de recuperação de desastres e de continuidade de negócios.
É fato que o backup é bastante utilizado para situações dessa magnitude, mas será que apenas implementar um plano de backup é suficiente? Ao que tudo indica, não, pois até mesmo ele pode ser atingido dependendo de onde esses dados se encontram. Percebo ainda que, além do backup, alguns planos de recuperação de desastres tem sido bastante implementados por empresas e órgãos públicos, mas, infelizmente, muitos programas ainda são bem básicos, com medidas que podem não ser suficientes para lidar com um desastre de grande porte. Aliás, muitas dessas práticas podem até gerar uma falsa sensação de segurança.
Implementar uma tecnologia de recuperação de desastres moderna e resiliente é mandatório e um investimento para a futura sobrevivência do seu negócio. Ao estar preparado para lidar com uma situação adversa dessa amplitude, você garante a resiliência do seu negócio e se torna apto a retomar as suas atividades o mais rápido possível.
A estratégia 3-2-1-1-0 é outra prática fundamental para situações de desastres naturais. Essa abordagem consiste em manter três cópias completas dos dados, em duas mídias diferentes (como discos rígidos e fitas), com uma cópia armazenada fora do local para evitar perdas em caso de desastre. Além disso, sugere que uma cópia seja imutável, para prevenir alterações não autorizadas, e que sejam realizados testes de recuperação regularmente para garantir a eficácia do processo.
Além dessas dicas, existem algumas perguntas que podem ser feitas para ajudar você a avaliar o nível de preparação da sua organização:
Você tem um mapa completo da sua infraestrutura? Saber exatamente como tudo funciona é fundamental para identificar os pontos mais vulneráveis e tomar as medidas necessárias para protegê-los.
Suas equipes sabem como agir em caso de desastre? É preciso ter um plano de ação claro e bem definido, e todas as equipes precisam estar treinadas para segui-lo.
Você tem estratégias para lidar com situações mais complexas e inusitadas? Imprevistos sempre acontecem, por isso é importante ter um plano B (e até um plano C) para lidar com situações mais desafiadoras.
Você tem um plano de recuperação bem documentado e suas equipes estão preparadas para colocá-lo em prática? Um plano bem elaborado e testado regularmente aumenta as chances de sucesso na hora da recuperação.
Suas equipes se comunicam de forma eficiente? A comunicação clara e eficaz entre as equipes é essencial para garantir uma resposta rápida e eficiente nesses casos.
Atualmente, vemos muitas organizações investindo e se preparando para enfrentar os ataques cibernéticos – o que já é ótimo! Agora é hora de integrar as estratégias e as tecnologias para se prepararem para as adversidades naturais. Com o clima cada vez mais imprevisível, o quanto antes você estiver preparado para lidar com essas situações, maiores as suas chances da sua empresa retornar à normalidade e ajudar os mais impactados.
*Marcio de Freitas é System Engineer Manager na Veeam Software
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CAREN GODOY DE FARIA
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