Jequitibá, conhecida como a ‘Capital mineira do folclore’, que fica a 30 km de Sete Lagoas e a 100 km de Belo Horizonte, não é apenas um celeiro de tradições culturais, mas também um exemplo de como o artesanato pode transformar a economia local e complementar a renda das famílias. Por meio da Associação dos Artesãos de Jequitibá, moradores têm encontrado uma fonte sustentável de renda ao produzir uma rica variedade de produtos que, inclusive, serão alguns dos destaques do Festival de Folclore de Jequitibá, de 05 a 08 de setembro.
Os artesãos transformam a matéria-prima local em peças únicas. Entre os produtos mais populares estão os bordados finos e feitos à mão, que dão vida às roupas, peças de cama e mesa, bolsas, porta-lápis, tapetes, decoração, entre outros. Estes produtos têm uma característica peculiar: a simbologia das manifestações culturais de Minas Gerais, no caso o folclore, cujas tradições são passadas de geração para geração pelos grupos folclóricos da região.
Os turistas que visitam a cidade, principalmente à época da realização do Festival de Folclore de Jequitibá, podem adquirir, desde lembrancinhas, como trufas (bombons caseiros feitos com ingredientes regionais) a R$ 3 até colchas bordadas e de patchwork (técnica que utiliza retalhos) a partir de R$ 300. Além dos símbolos do folclore, como o Boi da Manta, Folia de Reis, Cantiga de roda, e Dança da fita, as peças, com bordados, também ressaltam os pontos turísticos da cidade, como a Lagoa Pedro Saturnino e a Igreja do Santíssimo Sacramento, além das árvores, como os ipês. Há também peças em cerâmica e madeira, sabonetes artesanais e muito mais.
De acordo com a presidente da Associação dos Artesãos de Jequitibá (AARJE), Alcione Silva, o artesanato local tem ganhado impulso e sendo, cada vez mais, valorizado. “Nosso grupo tem se profissionalizado. Mensalmente, a gente se reúne para trocar ideias, discutir pautas: como empreender, agregar valor aos produtos e comercializá-los não somente em Jequitibá, mas também em feiras regionais em Minas Gerais”, diz.
A AARJE, fundada em 2008, funciona no Centro Comunitário de Produção (CCP), no coração da cidade. Inclusive, é neste local que são realizados, de vez em quando, cursos de capacitação profissional aos artesãos. “Por meio desses cursos, oferecidos em parcerias com a Emater e Escola de Design da UEMG, os participantes vão desenvolvendo técnicas novas para os seus produtos, que passam a ser mais valorizados”, ressalta Alcione.
“Para muitos de nós, o artesanato é mais do que uma atividade cultural, é uma maneira de contribuir para o sustento da família, além de nos propiciar bem-estar e alegria. As vendas não são apenas sazonais, mas o Festival de Folclore de Jequitibá é uma grande vitrine que nos permite apresentar nosso trabalho a um público maior, inclusive ampliando o número de encomendas”, explica a presidente da AARJE.
Alcione lembra que a economia do município gira em torno da agropecuária. Em 2022, a população somou 5.883 em 2022, conforme censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Estamos confiantes de que o festival deste ano será um sucesso ainda maior. Estamos preparados para receber visitantes de todo o Brasil e oferecer produtos que não são apenas artesanato, mas verdadeiras expressões da nossa cultura e identidade”, conclui a presidente da AARJE.
O público do Festival de Folclore de Jequitibá poderá desfrutar também dos sabores da região, como bebidas: licores caseiros, doces, quitandas e conservas de legumes, todos feitos em casa pelos artesãos. E tem até bebês reborn, bonecos que se parecem com crianças de verdade.
Informações sobre a programação completa do festival podem ser obtidas no Instagram (@folclorejequitiba).
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IVANA ALVES DE ANDRADE
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