São Paulo, 19 de agosto de 2024 – Em comemoração aos cinco anos de vigência do modelo de adesão automática ao Cadastro Positivo, a Serasa Experian – datatech líder em soluções de inteligência para análise de riscos e oportunidades, com foco nas jornadas de crédito, autenticação e prevenção à fraude – elaborou um estudo inédito sobre o impacto do Cadastro Positivo no acesso ao crédito. Os dados mostram que a possibilidade de uma pessoa negativada ter acesso a um crédito de qualidade passou de 0,5% para 8,5%, um crescimento de 17,5 vezes.
Foram analisados dois perfis de CPFs: aqueles que possuem algum restritivo, ou seja, uma negativação, e aqueles com um restritivo resolvido, isto é, que tiveram uma negativação recentemente, mas que foi regularizada.
O Cadastro Positivo também impactou pessoas que tiveram seus restritivos resolvidos, em cerca de três vezes. Em um cenário sem o positivo, apenas 7,3% dos consumidores teriam chances de acesso a um crédito mais qualificado, enquanto, atualmente, o percentual atinge 20,7%.
“O Cadastro Positivo traz uma visão mais completa do histórico de pagamento dos consumidores, permitindo maior conhecimento de suas informações financeiras, como o padrão de pontualidade de suas contas pagas. Ao conhecer melhor seu cliente, vendo que ele teve uma negativação, mas na maior parte do tempo é um bom pagador, o credor dispõe de mais transparência para aumentar sua confiança e conceder o crédito, efetuando uma nova relação comercial. Os dados mostram que Cadastro Positivo reduz o peso dos dados negativos na análise de crédito. No entanto, é preciso reforçar que apesar da melhora dos modelos e também da aprovação de crédito, para o consumidor, manter as contas em dia e sem negativações é sempre a melhor alternativa para quem está buscando crédito”, afirma Giresse Contini, diretor de Credit Services da Serasa Experian.
Cadastro Positivo e acesso ao crédito: análises por faixa etária, gênero, região e faixa salarial
O estudo traz ainda o quanto o Cadastro Positivo ampliou as chances de obtenção de crédito em algumas vertentes, como idade, gênero, região e renda mínima, observando também os dois cenários, com restritivo e com restritivo resolvido.
Em termos de idade, é possível observar uma mesma característica em ambos os cenários. Ou seja, a faixa de idade que ampliou em mais vezes a chance de obtenção de um crédito melhor foi a de 31 a 40 anos. Para o público com restritivo, antes do cadastro positivo a possiblidade era de apenas 0,3% e agora, com a vigência do CP passou para 6,2% – um aumento fatorial de 24 vezes. Já o perfil que possui restritivo resolvido, o aumento fatorial foi de mais de 3 vezes, passando de 5,4% para 18%. Veja o detalhamento abaixo por todas as faixas de idade.
No fator gênero, o impacto do Cadastro Positivo apresentou números similares em ambos os contextos. No quadro de pessoas com restritivo, tanto homens quanto mulheres apresentavam cerca de 0,5% de chance de acesso ao crédito. Agora, com o positivo, a chance feminina passou para 7,9% (aumento de 17 vezes) e a masculina para 9,4% (18,2 vezes a mais de chances). No campo do restritivo resolvido, o aumento também foi similar. Anteriormente, as mulheres tinham 7,3% de possibilidade de acesso ao crédito qualificado e com o CP tivemos um aumento de 2,7 vezes atingindo um percentual de 19,4%. O aumento das chances masculinas foi semelhante, com aumento de 3 vezes, saindo de 7,5% para 22,4%.
Já em temos de região, olhando para o panorama com restritivo, vemos que a região sudeste foi a que obteve o maior avanço. Enquanto a chance de acesso era apenas 0,5% sem o CP, com o Positivo passou para 9,8% – crescendo 19,5 vezes. Quando olhamos para o perfil que possui restritivo resolvido, a região que se destaca é a norte, com 3 vezes o aumento percentual com o Cadastro Positivo, passando de 4,4% para 15,5%. Veja o quadro completo com todas as regiões abaixo.
Por fim, o último recorte refere-se a faixa de renda. Nessa quebra, apesar da alta expansão que vemos nas faixas mais altas, é preciso ressaltar o avanço nas faixas mais iniciais; uma vez que esse público tinha chances muito baixas de acesso ao crédito. Para o perfil com restritivo e até um salário-mínimo de renda, o percentual sem o positivo era de apenas 0,4%, enquanto com o cadastro positivo, o percentual passou 2,2% (mais 5, 3 vezes). Já na faixa entre um e dois salários-mínimos, tivemos um crescimento de mais de 20 vezes. Passando de 0,4% sem o CP para 9,3% com o positivo. Nos CPFs com restritivo resolvido, destaca-se que a chance de obtenção de crédito para pessoas que ganham até um salário-mínimo quase dobrou com o cadastro positivo. Para o público que ganha entre um e dois salários-mínimos, o acesso cresceu três vezes. (infográfico abaixo)
“O Cadastro Positivo ampliou o acesso ao crédito, principalmente entre o público mais vulnerável, confirmando o que os estudos da Serasa Experian indicavam. Já para as empresas que concedem crédito, proporcionou uma análise muito mais assertiva, adicionando dados complementares aos existentes antes do Cadastro Positivo, majoritariamente informações negativas como, contas não pagas ou atrasadas. Hoje o crédito considera informações positivas, como pontualidade de pagamento, o que beneficia ver o filme da vida financeira do brasileiro, e não apenas uma foto de quando uma negativação ocorre. O resultado é a ampliação do crédito na economia, uma análise de crédito mais justa para os brasileiros e modelos, como o Serasa Score, ainda mais assertivos, auxiliando as empresas nas suas tomadas de decisão. Um benefício para o mercado todo”, finaliza Contini.
Metodologia
O estudo envolveu uma amostra aleatória de 1 milhão de CPFs anonimizados que foram analisados nos dois perfis de comportamento financeiro: aqueles que possuem algum restritivo, ou seja, pelo menos uma negativação, e aqueles com algum restritivo resolvido, isto é, que tiveram negativação regularizada recentemente. Esses CPFs foram separados em grupos variados que dividem a amostra em 10 partes iguais (decis). Para os dados desse estudo, foram considerados os decis 8, 9 e 10. Eles correspondem na escala localizados nos Scores a partir de 600. Os dados foram analisados ainda nos recortes de: idade, gênero, região e renda mínima.
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Bruna Leone Romancini
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