A frase “foi só uma brincadeira” quando se trata de um comentário sobre uma característica de alguém, esconde uma discriminação – mesmo que sem esta intenção – e impacta negativamente o desenvolvimento social e profissional de pessoas com deficiência. Katya Hemelrijk, CEO da Talento Incluir – primeira empresa do Grupo Talento e que já inseriu no mercado de trabalho mais de 9 mil pessoas com deficiência, com atuação em Consultoria e letramento, Empregabilidade e Capacitação das pessoas com deficiência, aponta algumas ações não-intencionais, mas que discriminam a pessoa com deficiência:
Elogios exagerados e superestimados à pessoa com deficiência: é comum as pessoas acharem que as pessoas com deficiência não conseguem realizar metade do que realizam diariamente. Elogios exagerados que conferem “superpoderes” às pessoas com deficiência não são percebidos como elogios e desmerecem a capacidade das pessoas com deficiência. Por exemplo, frases como: “Ah, você é um herói!” – Não, não somos heróis. As pessoas com deficiência enfrentam desafios diários da mesma forma que qualquer outra pessoa. Superestimar suas realizações diárias não é um elogio, é diminuir suas capacidades reais.
Exaltar características além das deficiências: há uma tendência das pessoas sem deficiência acharem que as pessoas com deficiência são “feias”, desprovidas de inteligência. Elogios referentes a essas características também são exagerados, mostrando que sempre se espera menos das pessoas com deficiência. “Elogios exagerados como “você é tão bonito(a) para alguém com deficiência” não são nada lisonjeiros – são apenas mais uma forma de discriminação.
Piadas e comentários ofensivos: usar a condição do outro para fazer piadas configura crime prescrito na lei nº 13.146, artigo 88. Usar a deficiência para fazer os outros rirem é crime e, nesse caso, os capacitistas nunca estão sozinhos, porque sempre tem alguém para rir e para endossar esse comportamento, que é cruel e, antes de tudo, desumano.
Usar expressões com conotação negativa, que fortalecem os estereótipos da pessoa com deficiência: expressões como: “dar uma de João-sem-braço”, “tá parecendo cego em tiroteio”, “Não ouviu não? Tá surdo?”, entre outras, reforçam mensagens negativas sobre as pessoas com deficiência. O ideal é substituir por outras expressões não opressoras e nem agressivas.
Exemplo de superação: usar a pessoa com deficiência como exemplo de superação pode parecer motivador, mas na verdade reforça estereótipos que resumem suas vidas à sua deficiência. Todas as pessoas enfrentam desafios; não precisamos de rótulos.
“É importante reconhecer que todos nós ainda temos muito a aprender sobre capacitismo. Precisamos estar abertos a mudar nossas crenças, abandonando uma cultura ultrapassada, que tolera opressão e discriminação, e adotando uma mentalidade mais inclusiva. Para isso, é essencial buscar informação e conviver mais com pessoas com deficiência. Criar um ambiente inclusivo é responsabilidade de todos, incluindo as pessoas com deficiência. Esse compromisso compartilhado e de aprendizado contínuo é o que realmente tornará nossas empresas e sociedades mais inclusivas e justas para todos”, destaca a CEO da Talento Incluir, Katya Hemelrijk.
Sobre o Grupo Talento
O Grupo Talento é um ecossistema da diversidade e inclusão pioneiro no Brasil com o objetivo de promover a equidade nas relações empresariais e sociais por meio de diferentes unidades de negócios: Talento Incluir – primeira empresa do grupo e já inseriu no mercado de trabalho mais de 9 mil pessoas com deficiência, com atuação em Consultoria e letramento, Empregabilidade e Capacitação das pessoas com deficiência. É a única empresa do mercado a ter acessibilidade da logomarca à estratégia; Talento Sênior: empresa de Talent as a Service focada em profissionais com mais de 45 anos; UinStock, primeiro banco digital e nacional para a produção e venda de imagens de diversidade da população brasileira pouco representada; UinHub, o primeiro e mais acessível marketplace do mundo para pessoas com deficiência.
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