A leucemia é uma condição que afeta milhares de pessoas, com impactos que variam de acordo com o tipo específico da doença. De acordo com a Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), a leucemia é o câncer mais comum na infância e adolescência e integra a categoria de câncer infantojuvenil. Idosos acima de 60 anos e pessoas expostas a radiações ionizantes ou exposição a materiais tóxicos derivados do benzeno e alguns agrotóxicos também estão suscetíveis à doença.
Segundo o Dr. Walter Braga, hemato-oncologista do Hospital Santa Catarina – Paulista, compreender os diferentes tipos de leucemia, seus sintomas distintos, métodos de diagnóstico e opções de tratamento é crucial para oferecer o melhor cuidado possível aos pacientes. “Não é fácil para o paciente identificar a doença, pois os sintomas podem ser confundidos com outras enfermidades. Por isso, é preciso campanhas de informação voltadas à população para que a procura por médicos especialistas seja rápida. Ela é um dos tipos de cânceres que têm maiores chances de cura quando descoberta em uma fase inicial”.
Tipos e tratamento
Existem vários tipos de leucemia, sendo as principais divididas em dois grupos: as agudas (leucemia mieloide aguda e leucemia linfoblástica aguda) e as crônicas (leucemia mieloide crônica e leucemia linfocítica crônica). Os sintomas podem variar entre os diferentes tipos, mas geralmente incluem fadiga, fraqueza, infecções frequentes, febre, perda de peso não explicada, dor óssea ou nas articulações, inchaço no abdômen e linfonodos aumentados.
“Os tipos considerados agudos têm uma rápida progressão, são mais agressivos e precisam ser reconhecidos e tratados com urgência. Já os tipos crônicos têm uma apresentação clínica mais arrastada e, às vezes, podem levar meses ou anos para serem reconhecidos”, explica o Dr. Walter Braga, hematologista no Hospital Santa Catarina. “O diagnóstico da leucemia envolve uma série de testes, incluindo exames de sangue, biópsia da medula óssea e análise genética”, complementa.
O Dr. Walter Braga explica como o tratamento é designado para cada paciente. “A escolha do tratamento depende do tipo e estágio da leucemia, bem como das características individuais do paciente. A terapia específica é determinada por uma equipe médica especializada, levando em consideração diversos fatores, como idade, saúde geral, características genéticas do paciente e o tipo da leucemia. Os tipos agudos têm tratamentos em ambiente hospitalar baseados em quimioterapia e/ou imunoterapia, e os tipos crônicos, quando diagnosticados, o tratamento geralmente é baseado em quimioterápicos orais.”
O médico também explica que há pacientes que precisam do transplante de medula óssea: “Quando a leucemia tem um alto risco de complicações graves, é indicado um transplante de medula óssea. Ele pode ser alogênico [feito a partir de células da medula de um doador] ou autólogo [células da medula do próprio transplantado], sendo esse último mais raro. A leucemia é uma condição tratável, e com grandes chances de cura, independentemente do tipo específico. A detecção precoce e a seleção do tratamento mais apropriado com base em exames são fundamentais para aumentar as chances de cura”, finaliza o Dr. Walter Braga.
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Dayane Martins de Souza
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