A segurança das mulheres no Brasil é uma questão preocupante, especialmente devido ao aumento do feminicídio no primeiro semestre de 2023, com uma alta de 2,6% em comparação ao ano anterior. São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais registraram os maiores aumentos.
Pesquisa revela a extensão da violência contra mulheres
Uma pesquisa realizada pelos instituto Patrícia Galvão e Locomotiva, em parceria com a Uber, revelou que 74% das mulheres brasileiras já enfrentaram algum tipo de violência ao se deslocarem pelas cidades. As formas mais comuns de assédio incluem cantadas e olhares insistentes, relatadas por 60% das entrevistadas. Além disso, 32% mencionaram sequestro-relâmpago, 27% enfrentaram importunação sexual, 17% relataram discriminação e 14% racismo. Agressão física e estupro foram reportados por 12% e 7% das mulheres, respectivamente.
Vulnerabilidade nos deslocamentos a pé
As mulheres que caminham são as mais vulneráveis: 55% das vítimas de sequestro-relâmpago, 56% das vítimas de racismo e 50% das que foram estupradas estavam a pé quando o incidente ocorreu.
Para se proteger, 94% das mulheres evitam lugares escuros, 89% evitam sair à noite e 86% pedem para alguém esperá-las ou aguardam notícias de sua chegada. O medo de enfrentar violência durante deslocamentos é uma preocupação para 97% das mulheres, embora 55% saiam de casa pelo menos cinco vezes por semana e 34% façam isso diariamente. A maioria das saídas (87%) ocorre pela manhã, mas 59% das mulheres também se deslocam à noite e 8% na madrugada. A segurança é a principal preocupação para 88% das mulheres, seguida pelo tempo (77%) e custo (72%). A pesquisa entrevistou 1,6 mil mulheres maiores de 18 anos em todo o Brasil entre setembro e outubro de 2023.
Dicas de segurança para mulheres
Especialistas recomendam várias ações para aumentar a segurança das mulheres:
Prefira rotas bem iluminadas e movimentadas: Opte por caminhos com boa iluminação e fluxo de pessoas, evitando áreas escuras e desertas.
Compartilhe sua localização: Informe amigos ou familiares sobre seu trajeto e previsão de chegada usando aplicativos de compartilhamento de localização.
Seja cautelosa em horários de menor movimento: Procure caminhar acompanhada durante a noite. Se não for possível, mantenha-se alerta ao seu redor.
Mantenha-se atenta ao ambiente: Evite o uso de fones de ouvido ou celular que possam distraí-la enquanto caminha.
Leve dispositivos de segurança pessoal: Considere portar um apito, spray de pimenta ou outro dispositivo de autodefesa.
Informe sobre falhas na iluminação pública: Notifique as autoridades sobre postes de luz quebrados ou áreas mal iluminadas.
Aprenda autodefesa: Participar de aulas de autodefesa pode aumentar sua confiança e fornecer habilidades práticas para se proteger.
A importância da segurança pública
O Relatório da ONU Mulheres destaca que a iluminação pública adequada é fundamental para reduzir a violência contra as mulheres em espaços públicos. Assédio, agressões sexuais e assaltos são mais frequentes em locais escuros. Em resposta, a IPMinas, consórcio formado pelas empresas Quantum, Fortnort e Seven, voltada à iluminação pública, propõe diversas medidas para melhorar a segurança noturna.
“Nosso compromisso é continuar investindo em tecnologias inovadoras e melhorias na infraestrutura de iluminação para tornar nossas cidades mais seguras e acolhedoras. Queremos garantir que todas as mulheres possam circular livremente e com confiança, independentemente do horário”, afirma Júlio Neves, gerente da IPMinas.
Seguindo essas dicas, as mulheres podem reduzir os riscos e aumentar sua sensação de segurança. Uma boa iluminação pública é essencial, complementada por medidas preventivas para garantir a segurança de todas.
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DARIANE CARVALHO CAMPOS
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