É sabido que o uso em excesso de remédios não faz bem à saúde e um dos problemas que esse exagero pode causar é a Interação Medicamentosa, um evento clínico que ocorre quando um medicamento influencia a atividade, a eficácia ou os efeitos adversos de outro medicamento. A presença de um alimento, bebida, suplemento ou substância ilícita também pode afetar a ação de um medicamento.
Essas interações podem aumentar ou diminuir a ação de um ou mais medicamentos, resultando em efeitos colaterais, toxicidade ou insucesso do tratamento.
A farmacêutica da rede PoupAqui, Natalia Ferro Passoni explica que evitar as interações medicamentosas é crucial para garantir a eficácia e segurança do tratamento. Ela deixa o alerta que tal situação é perigosa em qualquer idade, mas o risco aumenta com a idade avançada, devido ao aumento considerável do uso de medicamentos. “Embora não exista uma idade específica a partir da qual as interações medicamentosas se tornam perigosas, a população idosa, geralmente considerada a partir dos 65 anos, fica mais vulnerável”, alerta a farmacêutica.
De acordo com o Ministério da Saúde, em 2022 mais de 1,7 milhão de pessoas procuraram atendimento ambulatorial no Brasil, com algum problema de saúde por causa de interação medicamentosa ou pelo uso incorreto de remédios. O Ministério ainda alerta que o problema pode se agravar: só nos dois primeiros meses de 2023, 742 pessoas foram internadas em SP, um aumento de quase 37% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde do Estado de São Paulo.
Com o objetivo de alertar as pessoas sobre esse problema que atinge muitos brasileiros, Natalia dá algumas dicas de como minimizar os riscos com a interação medicamentosa:
1. Informe seu médico e ou farmacêutico quais remédios está fazendo uso para o mesmo veja se não há interação entre eles. Sempre informe sobre todos os medicamentos que você está tomando, incluindo prescritos, sem receita, suplementos alimentares, vitaminas e remédios naturais.
2. Notifique-os sobre qualquer substância que você consome regularmente, como álcool, nicotina e outras drogas.
3. Siga as Instruções de Uso
4. Tome os medicamentos exatamente como prescritos pelo seu médico.
5. Respeite os horários e a dosagem indicada.
6. Evite alterar a dosagem ou parar de tomar o medicamento sem orientação médica.
Segundo a farmacêutica, as interações medicamentosas podem apresentar diversos riscos que variam em gravidade, desde a redução da eficácia terapêutica até reações adversas graves, como por exemplo: redução da eficácia do tratamento, aumento dos eventos adversos, toxicidade do medicamento, interferência no diagnóstico, falha terapêutica dentre outros.
Sintomas
Os sintomas de interações medicamentosas podem variar amplamente, dependendo dos medicamentos envolvidos e do tipo de interação, os sintomas mais comuns são:
· Sintomas Gastrointestinais: vômito, diarreia, náusea
· Distúrbios nervoso: tontura, cefaleia, sono excessivo
· Alteração Cardiovascular: taquicardia, arritmia
· Reações Cutâneas: dermatite, coceira, erupções
· Sistema Respiratório: tosse, dificuldade de respirar
· Reações Sistêmicas: febre, mal-estar.
As interações medicamentosas podem variar entre homens e mulheres devido a diferenças biológicas e comportamentais, porém em ambos os sexos pode ocorrer. “Vários fatores contribuem para essas diferenças: metabolismo, composição corporal, hábitos alimentares, fatores hormonais, entre outros”, finaliza a farmacêutica.
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ANA PAULA DOS SANTOS MARCAL SILVA
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