No mês de abril, o Ministério da Educação (MEC) divulgou o resultado dos indicadores de qualidade da Educação Superior brasileira, medidos anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Dentre os dados obtidos, destacou-se o desempenho das Instituições de Ensino Superior Católicas, estando a frente em diversos quesitos de avaliação.
Para o levantamento, foram considerados, especialmente, os dados do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), do Índice Geral de Cursos (IGC) e do Conceito Preliminar de Curso (CPC). No ranking IGC, entre as 10 melhores universidades privadas, 7 delas são universidades católicas: PUC Rio, PUC RS, PUC SP, Unisinos, UFN, UCB e PUC PR.
Com base nesses dados, feitos a partir da análise e da comparação dos resultados do ciclo avaliativo do Enade encerrado em 2022, a Associação Nacional de Educação Católica (ANEC) elaborou o relatório “Indicadores de Qualidade das Instituições de Ensino Superior Católicas 2022”, evidenciando a relevância dos indicadores e a implementação de novas abordagens estratégicas.
“Pensando que estamos vivendo em um ambiente educacional cada vez mais competitivo e dinâmico, é fundamental desenvolver a capacidade de responder de forma ágil e fundamentada às tendências e os desafios na área”, destaca Pe. João Batista, presidente da ANEC.
A escala de classificação vai de 1 a 5, sendo um marcador fundamental para medir a qualidade do ensino superior no Brasil e influenciando decisões governamentais nos processos de regulação e supervisão e também nas políticas públicas. O nível 5 é o mais elevado, concedido às instituições que se destacam no ensino, na pesquisa e na satisfação dos estudantes.
Para um curso ser classificado na faixa mais elevada, por exemplo, ele precisa exibir um padrão de excelência em todas as áreas que são avaliadas. Isso não se restringe apenas à qualidade do ensino, mas também engloba a infraestrutura para os alunos, a qualificação dos professores e a relevância do projeto pedagógico.
Nesta pesquisa, é possível verificar o resultado do empenho realizado pelas Instituições de Ensino Católicas nos últimos anos, em investir em uma educação integral dos alunos — oferecendo infraestrutura de qualidade e oportunidades para os estudantes. Conforme demonstra o levantamento, das 95 IES Católicas credenciadas no MEC, 36% dos cursos estão presentes nas faixas 4 e 5 do IDD.
Para o presidente da ANEC, essa predominância de cursos nas faixas de excelência (Faixa 5 com 9% e Faixa 4 com 27%) reflete positivamente na qualidade geral da educação proporcionada por estas instituições, alinhando-se com as expectativas de desempenho superior.
Tradição como garantia de excelência
Além do ótimo desempenho no IDD, as IES Católicas também se destacam no IGC, aparecendo em segundo lugar, com 60% de suas instituições atingindo as faixas de excelência. Esses resultados não podem ser subestimados, pois fornecem uma visão valiosa sobre o estado atual da educação superior no país.
De acordo com Pe. João Batista, é possível atrelar essa predominância e impacto positivo ao desenvolvimento do ensino superior nos últimos anos, mas principalmente a algumas características que são associadas a instituições de orientação religiosa, como a tradição acadêmica, o investimento em infraestrutura e recursos, e desenvolvimento integral do estudante.
“Ao aliar tradição e inovação, as IES Católicas fomentam um desenvolvimento mais abrangente dos alunos, o que inclui a integração de conhecimento acadêmico tradicional com novas práticas de ensino, como a aprendizagem baseada em projetos, a educação híbrida e o uso de tecnologias emergentes, posicionando a instituição como moderna e adaptável”, explica o presidente da ANEC.
Além disso, destaca a variedade de programas de extensão e atividades extracurriculares, a qualidade de suas instalações físicas e o cuidado com o bem-estar dos alunos como diferenciais oferecidos pelas IES Católicas, que impulsionaram o desempenho desses cursos no levantamento sobre a Percepção dos estudantes no CPC 2022.
“Este cuidado é agora quantificado nestes indicadores de satisfação, evidenciando a riqueza de uma educação que valoriza cada aspecto da vida do estudante. Em um mundo cada vez mais focado em resultados imediatos e tangíveis, as IES Católicas se destacam por cultivar uma abordagem mais holística e com visão de longo prazo para o sucesso e bem-estar de seus alunos”, afirma o presidente da ANEC.
Ranking com maior IGC Contínuo
No ranqueamento das Universidades sem fins lucrativos, dentre as 10 IES com melhor nota no IGC contínuo, 8 são católicas. De acordo com o ranking geral das IES Católicas, as Universidades Pontifícias (PUCs) se destacam como grandes centros produtores de conhecimento, com pesquisas de ponta desenvolvidas em numerosos programas de mestrado e doutorado.
Por fim, para o Pe. João Batista, o relatório fornece uma visão abrangente do desempenho das IES Católicas com base nos indicadores, além de ressaltar a importância de uma abordagem reflexiva e orientada por dados na gestão e qualidade educacional.
“Ao fazer isso, aspiramos não apenas a celebrar as conquistas dessas instituições, mas também, identificar oportunidades para o crescimento contínuo e a excelência no ensino superior católico”, conclui o Pe. João Batista.
Sobre a ANEC
A Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) é uma entidade sem fins lucrativos, de caráter educacional e cultural, representante da Educação Católica no Brasil, e reunida em comunhão de valores com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).
A instituição atua em favor de uma educação de excelência para promover uma educação cristã entendida como aquela que visa à formação integral da pessoa humana, sujeito e agente de construção de uma sociedade justa, fraterna, solidária e pacífica, segundo o Evangelho e o ensinamento social da Igreja.
A ANEC atua em 900 municípios do Brasil, realiza 172 obras sociais e tem como associadas 1050 escolas, que incluem Creche, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, e 83 instituições de Ensino Superior, que atendem a mais de 1,5 milhão de alunos, além de 353 mantenedoras.
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PAMELA CRISTINA ALVES DA SILVA GAMA
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