Nesta quarta-feira, um evento reuniu grandes nomes do agronegócio para debater o futuro do setor: o JC Meeting – Agronegócio. Visando aproximar investidores, políticos e empresários, o encontro foi organizado pela JC Capital, uma empresa de alcance nacional e internacional especializada em captação de recursos, que convidou os participantes para uma jornada de debates e networking.
Composto por painéis sobre os principais tópicos de relevância para o setor, o evento abordou temáticas, como: agricultura regenerativa, transição energética, sustentabilidade, Inovação e Tecnologia, mitigação e prejuízos da quebra de safra, entre outros. Os debates foram ministrados por Jennifer Chen, CEO da JC Capital e empresária que tem atuado diretamente no setor agro nos últimos anos.
Dentre os convidados, o JC Meeting contou com a presença de grandes nomes do setor, como Guilherme Piai, Secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo; Marcelo Schunn Diniz Junqueira, Vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB); Marcos Bellizia, Diretor da Sociedade Rural Brasileira; Gislaine Balbinot, Diretora Executiva da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e Marcos Amazonas, especialista em comunicação e consultor da ABAG.
O Secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, abriu o painel falando sobre os principais obstáculos do setor no cenário atual, destacando três grandes desafios: comunicação, união e organização. Segundo o secretário, o agro brasileiro é sustentável, representa um dos maiores potenciais econômicos do país, mas ainda sofre com uma visão distorcida por parte da sociedade. Ele afirma que, mesmo com ótimos números, o setor ainda tem muito potencial para crescer.
“Quando a gente fala de segurança alimentar, transição energética, mudanças climáticas, o único país do mundo que tem sol, que tem clima, que tem qualidade e tecnologia para comandar esses três processos é o Brasil”, afirma. Ele ainda destaca que São Paulo conta com 25% da área preservada — 5% acima do que o Código Florestal exige — e o menor índice de desmatamento da Mata Atlântica nos últimos 10 anos.
Piai ainda traz uma perspectiva sobre a inclusão e a conectividade no campo, de maneira que, em São Paulo, apenas 50% das propriedades rurais têm acesso à internet. Ele afirma que um novo projeto estadual está sendo desenvolvido para providenciar a conectividade para esses produtores. “Além de trazer dignidade e inclusão, a gente aumenta em 25% a produção no estado”.
Ainda no evento, o Secretário disse que o governo do estado estava anunciando, no mesmo dia, o investimento de R$ 1,4 bilhão de recursos próprios para o setor. Parte do aporte, cerca de R$ 600 milhões, será disponibilizada como linha de crédito — valor três vezes maior do que no ano passado. Já o seguro rural contará com R$ 100 milhões, o maior valor da história do estado. “Todo o setor de proteínas e máquinas agrícolas estão sendo contemplados. (…) Essa subvenção estadual, só São Paulo consegue oferecer.”
O secretário destaca as muitas oportunidades que o setor possui. “Então apesar de a gente estar muito bem, tem muito espaço para crescer, para produzir mais alimento, de forma sustentável, sem derrubar uma árvore”, conclui Guilherme Piai.
Jennifer Chen fala sobre a presença do secretário no evento: “Eu acompanho o trabalho do Guilherme e como é bom ver tanta dedicação e amor no trabalho de profissionais que nos representam”. A JC Capital já havia fechado uma parceria com o Governo do Estado de São Paulo, em novembro de 2023, para viabilizar investimentos na tecnologia do agronegócio brasileiro.
Como lidar com os obstáculos do agro
No painel sobre “Mitigação e prejuízos da quebra de safra, medidas concretas e mercado de carbono”, Jennifer recebeu Marcelo Schunn Diniz Junqueira e Marcos Bellizia, o Vice-Presidente e o Diretor da Sociedade Rural Brasileira, respectivamente.
Para Marcos Bellizia, diretor da Sociedade Rural Brasileira, o diálogo pela importância do agro, principalmente com São Paulo, é fundamental. “Se você analisar o agro, você vai ver praticamente um terço do PIB do Brasil. Quando você pensa em agronegócio, a gente está falando de uma porcentagem muito maior, pois ele gera toda uma cadeia em torno dele”, afirma. Neste contexto, ele destaca o valor da união entre as empresas do setor, contando com o apoio de investidores e infraestrutura para a nova fase do agro.
Marcelo Shcunn Diniz, Vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira, explica que o maior impacto da quebra de direito na propriedade rural é a invasão, desapropriação ou expropriação no campo. “Na verdade, a segurança jurídica é o ponto fundamental. Para você continuar produzindo, investindo, buscando melhorias, aumentando a produtividade, reduzindo os custos de produção e ganhando mercado interno ou externo, você precisa primeiro de tudo de segurança jurídica. E a segurança jurídica, ou a segurança privada, é ponto fundamental.”
Projeto em parceria com a ABAG visa difundir uma nova imagem para o agro brasileiro
Um dos destaques do evento foi a apresentação do projeto “Agro, Sempre Presente” da ABAG, que visa potencializar a imagem e a reputação do agronegócio, no Brasil e no exterior. E que a JC Capital está captando investidores para o projeto.
“É um projeto de longo prazo no qual a gente busca empresas e marcas para serem parceiras, no caso, os patronos, e a JC vai ser uma colaboradora nesse projeto, vai buscar empresas, fundos de investimento, que queiram fazer parte dessa parceria com uma comunicação mais ativa, dinâmica e correta a respeito do agronegócio”, destaca Gislaine Balbinot, Diretora Executiva da ABAG.
Dentre as atividades propostas, Balbinot destaca: eventos, minisséries, educação e jornalismo — incluindo a criação de uma agência de notícias. ”[A ideia é] fazer essa difusão das informações de forma correta, então acho que vai ser uma parceria bastante profícua para o futuro”, afirma.
“É necessário nos adiantar e falarmos a verdade sobre a realidade de trabalhar em um setor extremamente complexo e dinâmico”, explica Marcos Amazonas, um dos consultores do projeto. “Precisamos destacar suas qualidades e provar que a maioria está fazendo a coisa certa, em termos de ambientalismo e sustentabilidade. Este é um projeto abrangente e de longo prazo, pois a reputação não se constrói rapidamente, nem apenas com marketing. Precisamos unir forças para disseminar essas mensagens”, conclui.
O sucesso do projeto foi tanto que, no próprio evento, deu-se início às negociações com o primeiro patrono, que busca investir na divulgação de biodiversidade. “Um dos motivos desses encontros organizados pela JC Capital, é realmente conectar os investidores com os projetos. E o primeiro case de sucesso do Agro Sempre Presente aconteceu ainda durante o evento”, destaca Jennifer.
“Essa integração, de conhecer atividades diferentes, pessoas do Brasil todo, que conseguem se conectar, é fundamental”, disse Gislaine sobre o JC Meeting – Agronegócio. “É um setor muito diverso, com uma complexidade estrutural nas suas cadeias produtivas, e esse tipo de evento contribui para que esses atores se encontrem e consigam ver conexões, fazer aproximações e encontrar sinergias nos negócios, é fantástico. Acho que é uma oportunidade incrível”.
Gestão e profissionalização do Agronegócio
Empresários do setor marcaram presença e falaram sobre os desafios e as oportunidades que o agro vem enfrentando. Sidney Zamora Filho, Vice-presidente do Grupo Zamora, uma das maiores e mais tradicionais empresas do ramo agropecuário, explicou que um dos principais desafios que ele percebe no setor é a falta de profissionalização. Ele, como um dos gestores do negócio da família, afirma que vem profissionalizando seus processos nos últimos 10 anos com ajuda de consultorias e que os produtores devem passar a ver o mercado agro com “mais razão e menos paixão”.
“No agro acha-se muito e mede-se muito pouco”, afirma. “Eu sou pecuarista e conto nos dedos os produtores que sabem o custo da sua arroba produzida. A gente adota métodos e práticas lá que empresas multinacionais adotam. Eu olho para a minha fazenda e não vejo a diferença de uma multinacional.”
Segundo o empresário, cada vez mais o crédito rural está sendo dificultado, de maneira que a solução é encontrar investimentos privados. “Se eu tenho um projeto de expansão e estou buscando investidor para isso, como que eu vou tentar captar se eu não tenho meus números?”, explica. “Então, eu acho que é isso, é ter a visão como empresa, e tentar descolar um pouco da paixão.”
Já Willian Matté, do Grupo MEC, afirma que um dos principais pilares para crescimento é o investimento em pessoas. “Eu como um jovem, que estou há pouco mais de 10 anos no agro, chego à conclusão de que o nosso principal pilar hoje para crescimento, realmente, são as pessoas. Temos que ir um pouco além dos meios comerciais, temos que pensar no que realmente move, e cria a cultura da empresa. Quem é que faz o diferencial de uma fazenda bem-sucedida e de uma fazenda que não é bem-sucedida? Porque no final do dia tudo depende das pessoas. Eu acho que o agronegócio está acordando para isso”, ressalta Matté.
Para a organizadora do evento, Jennifer Chen, os resultados deste encontro foram muito favoráveis. “Ter a oportunidade de reunir pessoas tão relevantes, aprender com suas experiências, traçando um caminho pelo mesmo objetivo é algo revolucionário”, afirma a empresária. “Tenho certeza de que este encontro vai render muitos frutos em prol do agronegócio brasileiro.”
Sobre Jennifer Chen
Jennifer Chen possui vasta experiência como empresária nos segmentos de moda, mercado de luxo e no ramo imobiliário. A partir de sua vivência, estando à frente dos negócios, entendeu a importância de fazer conexões seguras com investidores. Formada em Business Administration na Lynn University, na Flórida (USA), identificou uma carência no mercado e fundou a JC Capital, com o objetivo de conectar empresas com investidores. Como uma das poucas mulheres que atuam neste segmento, Jennifer Chen também atua como sócia de fundos de investimentos do mercado imobiliário e para startups.
Sobre a JC Capital
A JC Capital é uma companhia que atua no mercado nacional e internacional através da captação de recursos no Brasil e exterior para setores como agronegócio, hotelaria, infraestrutura, indústria, tecnologia e construção. A empresa representa Fundos de Investimentos Privados e Bancos Internacionais no Brasil, o que permite a captação de recursos no exterior a custos muito favoráveis, com condições vantajosas para o desenvolvimento de projetos. A JC Capital oferece uma equipe de estruturação de negócios que seleciona o fundo mais adequado ao perfil dos clientes, possibilitando operações com taxas de juros anuais, prazos de pagamentos e carências favoráveis, tudo de forma transparente, ética, segura e sustentável. Mais informações: https://jccapital.com.br/