No dia 11 de abril é celebrado o Dia do Infectologista, uma data instituída pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) em homenagem ao nascimento do sanitarista brasileiro Emílio Ribas (1862-1925), reconhecido por seu pioneirismo no combate à febre amarela, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti.
Os infectologistas, que se dedicam ao estudo, diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas, desempenham um papel fundamental na saúde pública, tratando pacientes afetados por uma ampla gama de infecções, incluindo aquelas causadas por vírus, bactérias, fungos ou parasitas. Sua expertise não se limita apenas ao diagnóstico e tratamento, mas também engloba a promoção da saúde e do bem-estar da população.
De acordo com dados do levantamento Demografia Médica no Brasil, de 2023, a especialidade está em alta. Em 2012, o Brasil contava com 268.218 profissionais na área, número que saltou para 495.716 em 2022 – um crescimento de 82,8%. Atualmente, há um infectologista para cada 485.169 brasileiros no país.
Infectologista do Hospital Japonês Santa Cruz, o Dr. Silvio Bertini confirma que a tendência é de crescimento ainda maior daqui para frente. “A perspectiva para a especialidade é de aumento do reconhecimento, principalmente devido ao surgimento de doenças novas ou reemergentes, o que resultará em uma procura crescente pela especialização nos próximos anos.”
Com a pandemia de Covid-19, a especialidade ganhou reconhecimento global por causa da relevância e da preocupação com a doença. Agora, diante da epidemia de dengue em algumas regiões do Brasil e da crescente demanda por informações sobre a prevenção e o tratamento dessas doenças, o trabalho do infectologista tornou-se ainda mais relevante na disseminação de informações precisas.
“O papel do infectologista também é desmistificar concepções errôneas e propagar informações embasadas cientificamente, especialmente em tempos de disseminação rápida de doenças infectocontagiosas”, afirma o especialista.
No Brasil, assim como em países de baixa e média renda, enfrentamos o desafio duplo de lidar com o aumento dos casos de doenças não transmissíveis, como diabetes e doenças cardiovasculares, e com uma alta incidência de doenças infecciosas.
Como país tropical, o Brasil é particularmente suscetível a uma variedade de doenças infecciosas, desde aquelas transmitidas por vetores, como malária e febre amarela, até infecções bacterianas e virais. Portanto, a educação pública sobre medidas preventivas, como controle de vetores e promoção da higiene, torna-se essencial para combater essas doenças infecciosas, que continuam a representar um desafio significativo para a saúde pública brasileira.
“O maior desafio para o infectologista hoje é o mesmo enfrentado por qualquer médico que trata pacientes com doenças crônicas, muitas das quais ainda são negligenciadas como pacientes com HIV, portadores de hepatites crônicas e doença de Chagas, entre outras. Nesse contexto, é fundamental que o infectologista desempenhe um papel ativo na conscientização pública, levando informações precisas sobre essas condições, seus sintomas, tratamentos disponíveis e medidas preventivas. Ao educar a população de forma correta e acessível, o infectologista contribui significativamente para a redução do estigma e para o acesso equitativo aos cuidados de saúde, promovendo assim uma sociedade mais saudável e inclusiva”, afirma o Dr. Silvio Bertini.
Sobre o Hospital Japonês Santa Cruz
Inaugurado em 29 de abril de 1939, em São Paulo, com a missão de auxiliar os imigrantes japoneses e oferecer um atendimento médico-hospitalar de excelência no Brasil, o Hospital Japonês Santa Cruz (HJSC) se dedica a proporcionar uma vida melhor e mais saudável a toda população.
Com destaque nos serviços em oftalmologia, neurologia, ortopedia, cardiologia, entre outras especialidades, a instituição possui mais de 170 leitos distribuídos entre apartamentos, enfermarias e UTI, complementada com uma unidade específica para o transplante de medula óssea. Anualmente, a entidade realiza mais de 1 milhão de atendimentos, em mais de 40 especialidades médicas e tem em sua estrutura três pronto-atendimentos (geral, ortopédico e oftalmológico) e dois centros cirúrgicos (geral e oftalmológico), capacitados para atendimentos de alta complexidade. O Hospital Japonês Santa Cruz tem certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA II), que atesta a segurança e qualidade dos processos assistenciais e médicos.