A quiropraxia é um tratamento para dores e desconfortos musculares que tem ganhado bastante destaque na atualidade. A técnica é uma abordagem de tratamento que se concentra principalmente na manipulação da coluna vertebral para aliviar dores e promover o bem-estar. No entanto, especialistas alertam para os riscos associados a essa prática.
Embora muitos relatem benefícios significativos, como redução de dores nas costas e melhoria na mobilidade, há também riscos inerentes a essa prática, especialmente quando realizada por profissionais não qualificados.
O fisioterapeuta José Ordenes explica que alguns quiropraxistas podem ter formação inadequada ou realizar cursos de curta duração que não abrangem completamente a complexidade do corpo humano. “Essa falta de conhecimento aprofundado pode resultar em complicações, incluindo lesões nervosas, disfunções articulares e até mesmo danos à medula espinhal”, afirma José.
Essas lesões podem ocorrer se o quiroprata aplicar muita pressão ou movimentos bruscos durante o tratamento, especialmente se o paciente tiver condições médicas pré-existentes, como osteoporose ou hérnia de disco.
Além disso, algumas pessoas relataram efeitos colaterais após o tratamento, como dor de cabeça, fadiga, dor muscular e desconforto geral. Embora esses efeitos colaterais geralmente sejam leves e temporários, é importante comunicar qualquer desconforto persistente ao seu quiropraxista.
Outro ponto de preocupação é a falta de regulamentação em algumas jurisdições, o que pode levar à prática de quiropraxia por profissionais não qualificados. É essencial escolher um especialista licenciado e experiente, que tenha uma sólida formação educacional e esteja comprometido com a segurança do paciente.
Ele enfatiza a necessidade de discernimento ao escolher um profissional de quiropraxia, recomendando que os pacientes busquem fisioterapeutas com especialização na área. “Fisioterapeutas, com sua formação abrangente em anatomia, fisiologia e biomecânica, estão melhor equipados para avaliar e tratar problemas musculoesqueléticos de maneira segura e eficaz. Por isso destaco a importância da educação contínua e treinamento especializado para garantir a segurança dos pacientes. É crucial que os profissionais tenham uma compreensão profunda do funcionamento do corpo humano e saibam identificar potenciais riscos antes de realizar qualquer manipulação”, afirma.