O segundo volume traz mais 33 histórias reais de mulheres em tempos e espaços distintos, que existiram nas áreas da política, astronomia, literatura, ciências, economia, Direito, e nas artes em geral, mas foram, de uma forma ou de outra, silenciadas pelo patriarcado. A obra narra sobre a luta de todas elas, de como resistiram e fizeram história, e de como, apesar das vitórias, foram sucumbidas.
São mulheres de diversos países e tempos diferentes, como, por exemplo, Clementina de Jesus, a sambista que provou que o Brasil está muito mais perto da África do que de Portugal, a primeira mulher partideira da história da música popular; Chiquinha Gonzaga, musicista e primeira maestrina, sua luta por liberdade mudou os rumos da música, demarcando o antes e o depois dela, venceu, mas com o preço de ser proibida de ver os filhos e de ir ao enterro do pai; Pagu, a segunda mulher presa política por lutar por justiça. A obra narra, ainda, sobre a construção sócio-política das mulheres como Rosa Luxemburgo, Alessandra Kollontai, Eidy da Silva, Tarsila do Amaral; Yoko Ogawa, Olga Tokarczuk, Toni Morrison; Angela Davis, Malala, Ângela Diniz, Eugênia Sereno, Nair de Teffé e muitas outras.
Narra, também, sobre as práticas cruéis e misóginas que o sistema patriarcal exerceu durante séculos, e ainda, exerce, marcando o destino das mulheres. Há séculos de patriarcado esmagando os ombros femininos. Este sistema criou regras e leis contra a mulher, de modo a favorecer os homens da sociedade, e deixando claro que a mulher não precisa ser pensante, apenas obediente.
Discute-se, também, o conceito de inferioridade como um controle sobre as mulheres, porque o objetivo desse sistema é o de ter e o de manter o poder masculino. A ideia de culpa e pecado é um instrumento poderoso de manipulação. Desse modo, o poder masculino tem controle absoluto sobre o corpo e a alma das mulheres.
A Incrível Lenda da Inferioridade narra sobre como a religião (e o fundamentalismo) tem usado a palavra de Deus e de todos os santos para inferiorizar a mulher, fazendo-a vestir a roupa de inferioridade, de ser humano incapaz e sem nenhuma habilidade. E que assim perpetue-se, na subalternidade, sem acesso ao conhecimento e, principalmente, à verdade.
A obra, além de informar sobre a luta feminina, narra sobre a atuação delas, no Brasil e no mundo, e denuncia as atrocidades cometidas contra elas — desde sempre. Pretende-se, por fim, ressuscitá-las, divulgando sobre seus feitos e colocando-as nas páginas oficiais da história. São 500 páginas que levam conhecimento aos leitores, cujo público é geral e irrestrito. O preço do livro é de 60,00 reais, nos lançamentos, e 70,00, nas livrarias.