DownloadA prova tem como objetivo principal estimular o estudo da Matemática
A maior competição científica do país, a Olimpíada Brasileira de Matemática nas Escolas Públicas (OBMEP), deu destaque, mais uma vez, aos presos do sistema prisional paulista. A 18ª edição do exame, ocorrida em 2023, premiará 13 internos de oito estabelecimentos penais do Estado. A prova tem como objetivo principal estimular o estudo da Matemática por meio da resolução de problemas que despertem o interesse de professores e estudantes.
Pela quarta vez, a Penitenciária ‘Cabo PM Marcelo Pires da Silva’, de Itaí, será condecorada com duas medalhas de prata – uma conquistada por um preso argentino e a outra por um paraguaio – e uma menção honrosa, obtida por um detento português.
Nos dois presídios de Reginópolis, internos obterão menções de honra pelo desempenho na prova, sendo seis deles da Penitenciária I ‘Tenente PM José Alfredo Cintra Borin’, e um da Penitenciária II ‘Sgto. PM Antonio Luiz de Sousa’. Também receberão menções honrosas custodiados nas Penitenciárias I ‘Dr. Danilo Pinheiro’ de Sorocaba, ‘Joaquim de Sylos Cintra’ de Casa Branca, I ‘Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra’ de Tremembé e de Registro.
De acordo com o diretor da Penitenciária de Itaí, Fernando Renesto, esses resultados auxiliam os presos em vários aspectos, como no resgate da autoestima e da autoconfiança para acreditarem na capacidade de mudança de vida. “O resultado alegrou os sentenciados, que ficaram mais motivados, acreditando num melhor retorno à sociedade e ao mercado de trabalho”, explicou o dirigente.
Histórico de medalhas em Itaí
Com as duas novas medalhas, a unidade prisional de Itaí contabiliza um total de cinco insígnias. Na edição de 2017, um colombiano faturou a medalha de ouro. Em 2019, foi a vez de um reeducando de origem francesa conquistar o bronze. Na penúltima OBMEP, realizada em 2022, um detento do Líbano obteve a medalha de prata.
A data de premiação deste ano ainda será agendada pela organização do torneio.
Reinserção
Com o objetivo de preparar as pessoas privadas de liberdade para o retorno à vida em sociedade, as secretarias de estado da Administração Penitenciária (SAP) e da Educação (Seduc) têm estimulado, cada vez mais, a participação de reeducandos na Olimpíada de Matemática.
Realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), a OBMEP é uma realidade no sistema prisional paulista desde 2012, quando passou a ser aplicada nas unidades penais do Estado.
Formação escolar
Presos sem formação escolar podem concluir os estudos enquanto cumprem pena, por meio de escolas vinculadoras instaladas dentro dos presídios, que oferecem formação dos ensinos Fundamental e Médio. Os reclusos também participam de cursos de línguas
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Fonte: www.saopaulo.sp.gov.br