Em entrevista, a atriz compartilhou suas experiências com audições e como o mercado profissional muitas vezes rotula o ator de acordo com seu perfil. “No meu caso, sempre me oferecem personagens que remetem à beleza e à sexualidade. Quero que me escolham por ser a Gabi Dallacosta, não somente pelo meu perfil”, mas ressalta que não se incomoda em embarcar em tais papéis, porém sente vontade de se desafiar mais, “…isso não me incomoda, não é uma queixa, eu gosto de fazer personagens assim, mas eu também quero mostrar que, além da beleza física, eu estudo muito. Adoro desafios e quero uma oportunidade de fazer personagens mais complexos.”
Ela ainda completou dizendo que gosta de seu lado sexy, ”Vejo várias atrizes que sempre admirei e ela tem esses perfis mais sexys, eu me sinto honrada de ter o mesmo perfil dessas mulheres maravilhosas, como Paola Oliveira, Juliana Paes, Deborah Secco. Sonho em chegar onde elas chegaram, mas quero oportunidades de mostrar várias facetas”.
A atriz revela também, que já teve experiências ruins com filmes independentes, “a gente já faz o trabalho de graça, achando que o projeto vai sair e depois tudo se perde e não dá em nada. Eu acho que essa foi a experiência mais ruim que eu tive. Gravei por meses e tudo foi cancelado.”, revela.
“Em relação a novelas, a pior situação que já passei foi perder personagem por conta de perfil, acho isso muito ruim, depender do meu perfil para trabalhar. Até porque hoje em dia o meu perfil não está sendo muito requisitado por conta da diversidade. Com isso, a loira e padrão está sendo deixada de lado.”, mas ela deixa claro que “a representatividade é muito importante, mas é necessário que a indústria perceba que os atores querem se desafiar.”
Quando questionada se sua beleza a atrapalha ela responde, “Não. Minha beleza nunca me atrapalhou, mas às vezes ela faz com que as pessoas me subestimem. Acham que eu estou em evidência por ser loira e bonita e não inteligente. Eu estudo muito, eu sei do meu potencial e é isso que eu quero mostrar pras pessoas. Que eu posso fazer uma personagem loira e gostosa, ao mesmo tempo que posso fazer uma menina com problema de dependência química, uma menina com esquizofrenia, uma menina com autismo. Eu quero muito chegar a esse ponto de eu ter que me desafiar em um personagem, fazer laboratório, entender aquele personagem, aquela psiquê, para conseguir me desenvolver como atriz. Se for preciso eu mudo meu perfil quantas vezes forem necessárias, adoro mudar minha aparência para contar histórias com diferentes personagens e perfis. Pinto o cabelo, corto, comigo não tem vaidade, sou uma atriz versátil que se entrega ao personagem”, finaliza.