A Associação Guarujá Viva (AGUAVIVA) contatou o Ministério Público Estadual para a solicitar a imediata abertura de Inquérito Civil para apuração dos graves fatos que foram vividos na madrugada deste sábado, por milhares de pessoas, entre elas senhoras grávidas, idosos e crianças, em decorrência do acidente com uma caminhão-tanque, que resultou na morte do caminhoneiro, que transportava perto de 48 mil litros de nafta e que explodiu na Rodovia Cônego Domenico Rangoni, em direção à Cidade de Guarujá, depois do acesso à Ilha Barnabé.
“Ficou evidente a falta absoluta de preparo, como treinamento de funcionários e plano de ação conjunto, entre a polícia rodoviária, para lidar com o problema. A inexistência de um Plano de Emergência e Gerenciamento de Crise poderia ter resultado em mais mortes na estrada”, disse José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da AGUAVIVA, que estava no local no horário do acidente.
De acordo com o engenheiro José Manoel, foi um verdadeiro caos. “A Ecovias e os poucos policiais rodoviários não se entendiam. As providências eram desencontradas, e não havia comunicação entre os agentes públicos trabalhando na ocorrência. Pedimos muitas vezes a liberação excepcional dos portões que separam as pistas na direção de retorno para São Paulo, para que pudéssemos desobstruir a pista em direção ao Guarujá, até mesmo para permitir o deslocamento das viaturas policiais, caminhões de bombeiro, ambulâncias, presos no gigante congestionamento, que se formava e crescia a cada segundo que passava. Ficou claro o despreparo para lidar com a crise”, afirmou.
A concessionária do sistema Anchieta-Imigrantes, segundo ele, demorou para entender a gravidade dos fatos e agir com cautela e inteligência. “Ela estava unicamente preocupada com o exato local do grave acidente, sem perceber o drama vivido pelos usuários do sistema por ela muito mal operado. A preocupação era garantir a cobrança do pedágio de quem dali retornasse. Isso acabou acontecendo por volta das 4h30 da madrugada. Foi um pesadelo provocado inicialmente pelo acidente e depois pela incapacidade gerencial evidente”, declarou.
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