De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil possui o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo. No país, são mais de 5.667.000 de pessoas cadastradas no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), que pertence ao Instituto Nacional do Câncer (Inca), e mais de 619 mil inscritos em Minas Gerais. Desde 2019, a Oncobio, agora Oncoclínicas Cancer Center Dana -Farber, já realizou aproximadamente 400 transplantes de medula.
Como forma de conscientizar e esclarecer a sociedade sobre a importância da doação e do transplante de medula óssea foi estabelecida, desde 2009, a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. A campanha visa incentivar o cadastro de voluntários, aumentando a chance de se identificar um doador compatível com milhares de pacientes que estão à espera de um transplante.
“A campanha tem como objetivo esclarecer as pessoas sobre como funciona essa ação, que é realizada por uma simples coleta de sangue, e também sobre a própria doação de medula, em caso de compatibilidade”, reforça a hematologista Mariana Chalup, responsável técnica pelo setor de transplante de medula óssea da Oncoclínicas Belo Horizonte.
Durante a semana de conscientização, o Redome e os hemocentros do país fazem uma força-tarefa por meio de ações informativas e de cadastro de doadores com o propósito de mobilizar os cidadãos.
“O Brasil é o terceiro maior banco do mundo, mas ainda temos muitos pacientes que não encontram doadores compatíveis. Por isso, é de extrema importância essa mobilização para aumentarmos o número de voluntários doadores”, ressalta a médica.
Hemocentros em Minas
Em Minas Gerais existem 20 hemocentros, dos quais três estão localizados em Belo Horizonte. Após preencher uma ficha com informações pessoais, são retirados 10 ml do sangue do candidato a doador para fazer o exame de histocompatibilidade (HLA), que cruza com os dados de pacientes à espera do transplante. É importante que os voluntários mantenham seu cadastro atualizado (telefone, endereço, e-mail).
Para ser doador é necessário estar em bom estado geral de saúde, não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. Em junho de 2021, o Ministério da Saúde alterou a idade limite de cadastro de doadores de medula óssea no Brasil, de 55 para 35 anos, a fim de se alinhar aos demais cadastros de medulas ósseas mundiais.
Caso o doador seja compatível com algum paciente, a doação da medula pode ser feita pela coleta de células-tronco em sangue periférico, por meio de um procedimento chamado aférese, ou através da coleta de medula óssea realizada em bloco cirúrgico, sob sedação. Em ambos os casos, os procedimentos são muito seguros e minimamente desconfortáveis.
Em Belo Horizonte, a Oncoclínicas realiza, desde agosto de 2019, transplantes alogênicos e autólogos, e conta com profissionais com mais de 20 anos de experiência em todos os níveis: hematologistas, especialistas em transplantes de medula óssea, oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos, pediatras, radio-oncologistas, enfermeiros e profissionais de cuidados continuados.
Como é o transplante
O transplante de medula óssea é indicado para portadores de doenças onco-hematológicas como leucemias, síndrome mielodisplásica, linfomas e mieloma múltiplo, alguns tumores sólidos, como neuroblastoma, e também doenças benignas, como falências medulares, imunodeficiências congênitas e hemoglobinopatias.
O paciente é submetido a uma quimioterapia especial, chamada condicionamento, e fica internado em regime de isolamento especial até que a medula óssea do doador comece a produzir os glóbulos brancos, que são as células de defesa do sistema imunológico, o que é chamado de “pega” da medula óssea ou enxertia.
Serviço:
Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea
Data: 14 a 21 de Dezembro
Local: Hemocentros de Minas Gerais
Confira aqui os locais: http://www.hemominas.mg.gov.br/unidades-e-contratantes
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