Em 2023, Pernambuco registrou cerca de 11 mil notificações de arboviroses, das quais aproximadamente 3 mil foram confirmadas. De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, até o dia 11 de novembro houve a confirmação de 2.876 casos de dengue e 773 de chikungunya.
Eduardo Bezerra, responsável pela construção do Plano de Contingência das Arboviroses 2024 e diretor geral de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador, expõe que até o momento não foram confirmados casos de zika no estado — e que o atual panorama epidemiológico para as arboviroses, em especial a dengue, é de estabilidade com baixo número de notificações.
Porém, devido à previsão de duas situações de maior complexidade para o ano que vem, a SES-PE decidiu antecipar o Plano Estadual de Contingência das Arboviroses 2024.
“Como a questão do El Niño, que vai aumentar a estiagem, forçar a população a armazenar mais água, por mais tempo e da circulação provável do sorotipo 3 da dengue, que já começa a ser vista no país. Já tem 15 anos que a gente não tem, então a população não está imunologicamente bem preparada em quantidade”, explica.
O plano contém uma série de ações para combater as arboviroses nos municípios de Pernambuco, baseando-se na análise epidemiológica e entomológica destas doenças no estado, bem como na organização da rede de saúde para atender os casos.
Bezerra destaca que o aumento de casos de arboviroses em Pernambuco ocorre de março a julho, enfatizando a importância de eliminar os focos de mosquitos. Ele alerta que, além de caixas d’água, bombonas e baldes, é crucial estar atento a locais menores, como tampinhas de refrigerante, bandejas de geladeiras antigas com água acumulada e calhas escondidas nos telhados.
“E é preciso lavar esfregar porque existe grande chance que é o ovo do mosquito. O ovo do mosquito tem um período de hibernação de aproximadamente 2 anos. Então você pode passar dois anos sem chover, se você molhar aquele local que o ovo está ali depositado, esse ovo vai eclodir”
De acordo com a SES-PE, os sintomas da dengue incluem febre alta acima de 38° C, com início repentino e duração de 2 a 7 dias. Os infectados também podem sentir dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. O tratamento é sintomático, uma vez que não há medicações específicas para a doença — tornando importante a busca por atendimento médico logo no início dos sintomas.
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