Goiás deve produzir 114,6 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2023, alta de 10,3% em relação à safra nacional de 2022. As previsões são estimativas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de setembro deste ano realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme o instituto, as altas nos volumes de produção foram puxadas pelo milho (31,9%) com produção de 14,1 milhões de toneladas; o sorgo (30,1%) com 1,36 milhão de toneladas; cereais, leguminosas e oleaginosas (18,2%), com produção de 32,7 milhões de toneladas e crescimento; cana-de-açúcar (8,9%), com 80,1 milhões de toneladas; e soja (8,7%), com 16,5 milhões de toneladas.
De acordo com o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Pedro Leonardo Rezende, a diversidade produtiva contribuiu para acelerar o desenvolvimento do estado.
“A diversificação das cadeias produtivas agrícolas no estado de Goiás vem fortalecendo cadeias produtivas como a fruticultura, além da produção de grãos que tem consolidado o estado entre os três maiores produtores de grãos do Brasil em itens como o sorgo, onde o estado é o maior produtor, maior produtor nacional de girassol. O algodão, o arroz, o trigo são cadeias produtivas, que têm cada vez mais contribuído com o aumento significativo da produção agrícola goiana”, destaca.
O estado também apresentou variação positiva nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, totalizando 1,167 milhões de toneladas. O secretário da Seapa-Go destaca outras culturas agrícolas que estão em crescimento no estado.
“Os últimos dados do IBGE indicam também um crescimento em cadeias produtivas que são mais executadas por pequenas propriedades, pela agricultura familiar, como a mandioca, que deve totalizar uma produção de aproximadamente 207 mil t esse ano —, a uva, a banana que também tem perspectiva de expansão de volume da ordem de 14,7% com relação à uva e mais de 10% com relação a banana. Deve totalizar uma produção de aproximadamente 2.2 mil t. no caso da uva”, ressalta.
Para o secretário, o fortalecimento das cadeias de abastecimento é vital para equacionar a oferta desses alimentos para a população.
“Goiás está entre os maiores produtores de alimentos do mundo e isso significa maior oferta de alimentos para população, o fortalecimento da segurança alimentar. Também impacta diretamente os preços que são acessados pelos consumidores finais, na medida em que se aumenta a oferta desses principais alimentos no mercado consumidor”, diz.
Estimativas para o Brasil
O levantamento do IBGE mostra que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve registrar novo recorde em 2023, com estimativa de 318,1 milhões de toneladas. Um volume 20,9% maior — ou mais 54,9 milhões de toneladas no comparativo com 202 — , quando foram registradas 263,2 milhões de toneladas. Na comparação com agosto, a estimativa indicou alta de 1,5%, com acréscimo de 4,8 milhões de toneladas. Houve recordes nas produções da soja, do milho, do sorgo, do algodão herbáceo (em caroço) e do trigo.
O estudo também apresentou uma variação anual positiva para as cinco grandes regiões: Centro-Oeste (23,2%), Sul (26,3%), Norte (21,4%), Sudeste (9,2%) e Nordeste (7,6%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos as regiões Norte (0,2%), Centro-Oeste (3,2%) e Sudeste (0,3%). Já as regiões Sul (-0,3%) e Nordeste (-0,2%) apresentaram quedas.
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