O Dia Nacional da Pecuária foi celebrado no dia 14 de outubro com muito a se comemorar. O Brasil é detentor do segundo maior rebanho do mundo, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Isso faz do país um protagonista no mercado internacional de carnes, abastecendo mais de 150 países.
Mas um dos principais desafios atuais da cadeia produtiva da pecuária é conciliar o aumento produtivo em consonância com as práticas ambientais.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a adoção de tecnologias na pecuária brasileira proporcionou a modernização do setor com incremento da produção e da produtividade, em bases sustentáveis. Para se ter uma noção do potencial da atividade, nos últimos 40 anos, a produção avícola aumentou mais de 20 vezes e a de carne suína, carne bovina e leite, quatro vezes.
Tal crescimento se reflete no âmbito econômico, pois o valor da produção agropecuária (VPA) do Estado de São Paulo, em 2022, foi de aproximadamente R$ 156 bilhões, 20% maior do que o resultado obtido no ano anterior, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA – APTA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA).
Já no âmbito sustentável, o setor atua em diversas frentes, como por exemplo, a capacitação profissional. “Na Cooperativa de Laticínios de Cachoeira Paulista fazemos a adequação Ambiental das Áreas de Preservação Permanente (APPs), nascentes e matas ciliares, mas principalmente buscamos capacitar os proprietários por meio cursos e programas do Serviço de Aprendizagem Rural (SENAR)”, destaca Wander Bastos, pecuarista e presidente do Sindicato Rural de Cruzeiro e Lavrinhas.
Segundo Wander Bastos, promovemos seminários e palestras para levar informações com foco na melhora da qualidade de vida dos produtores. “Trabalhamos os índices zootécnicos, reprodução e sanidade”, explica o pecuarista.
Uma das principais práticas que vem ganhando espaço no setor é a Integração Lavoura Pecuária – Floresta (ILPF). O conceito visa a utilização de diferentes sistemas produtivos -agrícolas, pecuários e florestais, dentro de uma mesma área. Pode ser feita em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação, de forma que haja benefício mútuo para todas as atividades. A ILPF pode ser aplicada de quatro formas: lavoura-pecuária, lavoura-pecuária-floresta, pecuária-floresta e lavoura-floresta.
A SAA firmou parceria com a Rede ILPF, através do Integra SP Agro, que tem como meta acompanhar centenas de propriedades rurais e implantar mais de 10 mil hectares anuais, com ganhos de produtividade e significativa contribuição para a recuperação dos solos degradados e mitigação das emissões de carbono.
Conforme o balanço realizado pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), os números do primeiro semestre deste ano mostram o comprometimento da instituição e de parceiros. Em apenas seis meses, realizaram 10 ações de capacitações, entre Dias de Campo e eventos, com apoio de aproximadamente 300 extensionistas capacitados; e 77 propriedades em todas as regiões paulistas, incluídas no Programa Integra SP Agro.
No momento, a SAA e a Rede ILPF estão estudando a extensão da primeira fase do programa e a avaliação da viabilidade de lançamento de uma segunda fase da parceria.
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Fonte: www.saopaulo.sp.gov.br
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