No mês de setembro, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Fortaleza administradas pela Fundação Leandro Bezerra de Menezes (FLBM) realizaram 100% dos atendimentos aconteceram dentro do prazo máximo de quatro horas indicado pelo Protocolo de Manchester, que classifica os pacientes conforme o grau de criticidade apresentado e estabelece os casos prioritários. Desses, 93% dos pacientes foram atendidos em até duas horas.
A instituição é responsável pelas UPAs Vila Velha, Bom Jardim e Edson Queiroz que, juntas, realizaram 29.089 atendimentos no mês. Desses, 9.929 pacientes foram atendidos na UPA Vila Velha, 9.800 na UPA Bom Jardim e os 7.626 restantes da UPA Edson Queiroz.
A maior parte desses atendimentos (55%) foi classificada como pouco urgente, identificados pela cor verde e que podem esperar até duas horas por atendimento. Em seguida, representaram parcela significativa dos pacientes aqueles com quadros de urgência (31%), sinalizados pela cor amarela e que devem ser atendimentos em até uma hora.
Os casos muito urgentes totalizaram cerca de 7% dos atendimentos, tendo sido consultados em no máximo 10 minutos. Já os pacientes com risco de morte, que são os casos de emergência, devem ser atendimentos assim que adentrarem na unidade e representaram 0,7%. Por fim, os pacientes não urgentes, que podem esperar até quatro horas por atendimento, totalizaram apenas 0,3% do total de atendidos.
Com o desempenho, as unidades registraram um percentual de satisfação dos pacientes de 98% no mês.
Trabalho de melhoria
A diretora técnica da UPA Edson Queiroz, Vanessa Alencar, detalha que, para atingir a meta relacionada ao tempo de atendimento – um dos principais fatores de reclamações de pacientes a instituições públicas de saúde – foi realizado um intenso trabalho de sensibilização e orientação do corpo clínico sobre a importância do atendimento no tempo preconizado pelo Manchester desde janeiro deste ano, além de acompanhamento diário do quantitativo de atendimentos médicos.
Ela também pontua que foi realizada avaliação in loco de alguns atendimentos realizados na unidade desde a classificação de risco até a entrada do paciente em consultório médico. Esse acompanhamento permitiu a identificação de problemas na prática, como uma dificuldade com as chamadas via painel, que foi resolvida junto à equipe de TI.
“Outra medida, principal até, foi instituir uma reunião de integração com os diretores técnicos da unidade sempre que os médicos são admitidos. Nela, orientamos os fluxos e regras da unidade, além de treinar os protocolos clínicos”, afirma.
“Estamos tendo poucas admissões, porque já temos um quantitativo bom de profissionais aptos a dar plantões. Mas, sempre que preciso, fazemos uma convocação e essas reuniões são realizadas dentro da unidade por um dos diretores, com visita guiada aos setores”, acrescenta Alencar.
Ainda sobre a dificuldade de estabelecer um padrão de qualidade em um quadro de médicos rotativo, a diretora técnica pontua que a localização da UPA Edson Queiroz é próxima à residência de muitos profissionais, o que acaba por estimular o repasse de plantões.
“Com isso, mais médicos passam pela unidade, que tem um fluxo elevado de pacientes. Se não houver uma orientação contínua sobre os fluxos, acaba gerando problemas”, alerta.
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