O consumismo é um problema que afeta muitas pessoas, especialmente em datas comemorativas, como Natal e Black Friday, que estimulam o consumo excessivo e impulsivo. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), realizada em 2019, 21% dos brasileiros compraram mais do que podiam na Black Friday e 48% aproveitaram a data para antecipar as compras de Natal.
O hábito de adquirir produtos e serviços sem necessidade, normalmente, é movido pelo desejo e pela ansiedade. Muitas pessoas recorrem às compras como uma forma de aliviar o estresse, a tristeza ou a frustração, mas acabam se endividando e se sentindo culpadas depois. Além de pode trazer consequências negativas para o meio ambiente, a sociedade e a saúde mental, ele também é considerado uma doença.
Segundo uma pesquisa realizada pela PROTESTE, os consumidores brasileiros estão buscando comprar com consciência, produtos sustentáveis e lojas online, além de priorizar as necessidades básicas como alimentação, educação e saúde. O estudo também revela que os consumidores estão mais críticos em relação à publicidade e mais atentos ao impacto das suas compras no meio ambiente e na sociedade.
Para Patrícia Frauches, coordenadora do curso de Administração do UNASP, é importante que os consumidores tenham consciência do seu papel na sociedade e na economia, e que façam escolhas conscientes e responsáveis. “O consumo é uma atividade necessária e benéfica, mas deve ser feito com moderação e planejamento. O consumidor deve avaliar o impacto das suas compras não só no seu bolso, mas também no meio ambiente e na qualidade de vida das pessoas. O consumo consciente é uma forma de exercer a cidadania e contribuir para um mundo melhor”, declara.
Para evitar cair no consumismo, é preciso ter consciência do próprio comportamento e buscar alternativas mais saudáveis e sustentáveis de lidar com as emoções. Pensando nisso, confira algumas dicas separadas pela especialista:
Organize as suas finanças: Faça um planejamento mensal e registre todas as suas entradas e saídas de dinheiro. Dessa forma, você poderá controlar melhor os seus gastos e evitar dívidas desnecessárias.
Pense antes de comprar: Não se deixe levar pela emoção ou pela pressão social na hora de adquirir algo. Questione-se se você realmente precisa daquilo, se tem condições de pagar e se vai usar com frequência. Se possível, espere alguns dias para tomar a decisão e compare preços e qualidade.
Encontre outras formas de satisfação: Em vez de buscar a felicidade nas coisas materiais, invista em atividades que te trazem bem-estar, como hobbies, cursos, viagens, exercícios físicos, meditação, leitura etc. Essas atividades podem te ajudar a diminuir a ansiedade e a aumentar a autoestima e a realização pessoal.
Seja crítico em relação à publicidade: A publicidade tem o objetivo de influenciar o nosso comportamento e criar falsas necessidades. Por isso, seja crítico em relação às mensagens que recebe e não se deixe seduzir por ofertas irresistíveis, promoções imperdíveis ou modismos passageiros. Lembre-se de que a felicidade não depende do que você tem, mas do que você é e faz.
Busque ajuda profissional: Se você perceber que o seu hábito de comprar está fora de controle e que está prejudicando a sua vida financeira, pessoal ou emocional, busque ajuda de um psicólogo ou de um terapeuta financeiro. Esses profissionais podem te ajudar a identificar e tratar as causas do seu consumismo e a desenvolver novas habilidades e hábitos.
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