Com um sistema de saúde reconhecido mundialmente por sua excelência e inovação, salários altos e ótima qualidade de vida, os Estados Unidos atraem cada vez mais médicos brasileiros. No entanto, embarcar nessa jornada desafiadora requer não apenas determinação, mas também entendimento sólido de processos complexos, incluindo requisitos de licenciamento, exames de certificação e adaptação cultural.
1 – Validação do diploma envolve gastos
Validar a graduação nos EUA têm custos expressivos, como despesas com testes, estágios e taxas de aplicação para a residência médica ou fellowship. O investimento, que varia entre US$ 20 mil e 40 mil, é rentável, sendo compensado pelo primeiro salário como médico no novo país. Com o auxílio de uma escola especializada, que assessora o candidato, o gasto inicial é de aproximadamente US$ 150, cobrindo burocracias iniciais.
2 – Há oportunidades para formados e estudantes
A Family Medicine é uma das áreas mais procuradas por formandos, oferecendo atraentes possibilidades de realização de diversos procedimentos cirúrgicos e atuação em subespecialidades como dermatologia e obstetrícia. Profissionais brasileiros especialistas podem validar seus diplomas e possivelmente virem a praticar nos EUA sem precisar refazer a residência médica, com estados como Tennessee, Alabama, Massachusetts, Arizona e Flórida facilitando esse processo com projetos de lei em andamento para essa liberação, dada a grande necessidade de profissionais médicos nos EUA. A Internal Medicine é a especialidade mais buscada por estudantes, com oportunidades tanto para subespecialidades quanto para internistas. Bolsas de estudo para residência podem variar entre US$ 3,5 mil a US$ 4 mil por mês, com aumentos progressivos anuais.
3 – Conhecimento do sistema de saúde e domínio do idioma
Para iniciar uma carreira médica nos EUA, os profissionais devem estar familiarizados com o complexo sistema de saúde local, que difere significativamente do brasileiro em termos de diretrizes e regulamentações. Isso requer não apenas proficiência na língua inglesa, mas também domínio dos termos técnicos específicos.
4 – Especialidades mais receptivas
As especialidades mais abertas aos médicos formados fora dos EUA e com maior número de vagas no país são: medicina interna, pediatria, medicina de família, neurologia e patologia. Também costuma ser relativamente comum, embora mais concorrido, brasileiros irem para os Estados Unidos para atuar em cirurgia geral e anestesiologia.
5 – Adaptação cultural
Trabalhar como médico nos EUA vai além do domínio das habilidades clínicas, também requer adaptação a uma nova cultura. Dado o status do país como um destino para profissionais de todo o mundo, é essencial estar atento às interações com pessoas de diferentes origens. Isso inclui aprender os padrões de comunicação e a etiqueta profissional necessária para uma integração bem-sucedida na comunidade médica e na sociedade em geral.
*Rafael Duarte é CEO da RD Medicine, escola preparatória com cursos e mentoria completa para internacionalização do médico brasileiro