*Por André Teté
A jornada de compra do consumidor já não se restringe mais às gôndolas e ao caixa. Hoje, ela começa muito antes com uma simples pesquisa no celular. A digitalização do setor varejista, especialmente no segmento de supermercados, deixou de ser apenas uma tendência para se tornar um caminho necessário diante das novas demandas do público.
Com acesso fácil à internet e o uso constante de smartphones, o consumidor moderno pesquisa preços, compara produtos e lê avaliações antes de tomar qualquer decisão. Esse comportamento, que conecta o físico ao digital, tem impactado diretamente como os supermercados se relacionam com seus clientes.
As buscas online feitas ainda dentro da loja física são decisivas. Um cliente que encontra uma oferta exclusiva no ponto de venda ou recebe um cupom de desconto pelo aplicativo tem muito mais chances de concluir a compra naquele momento. Esse comportamento reforça a importância de integrar estratégias entre os canais físico e digital, criando uma experiência de compra mais fluida, conveniente e personalizada.
Mas a digitalização vai além dos aplicativos. A inovação no varejo passa por soluções cada vez mais sofisticadas, como:
Etiquetas digitais com QR Codes, que facilitam o acesso a informações detalhadas sobre produtos, preços e avaliações.
Checkouts ágeis, com uso de carteiras digitais e pagamentos sem contato, eliminando filas e acelerando a finalização da compra.
Realidade aumentada (AR), que transforma a loja em um ambiente interativo — permitindo desde testar um produto em casa até visualizar receitas escaneando um item.
Entre avanços e desafios
Apesar dos benefícios evidentes, a digitalização do setor supermercadista ainda enfrenta barreiras. Muitos estabelecimentos operam com sistemas de gestão fragmentados entre o e-commerce e a loja física, dificultando a atualização em tempo real de preços, estoques e promoções.
Outro ponto crucial é a qualificação da equipe. Sem preparo adequado para utilizar as novas ferramentas, a tecnologia pode gerar uma experiência desconectada, afastando o consumidor ao invés de engajá-lo.
Ao mesmo tempo, à medida que as soluções digitais se tornam mais acessíveis e os consumidores mais exigentes, cresce o número de empresas dispostas a investir em inovação.
O futuro do varejo está cada vez mais híbrido, e a tecnologia deixa de ser um diferencial para se tornar uma peça-chave da operação. Supermercados que souberem transformar dados em estratégia e inovação em experiência serão aqueles que conquistarão o consumidor do presente e do futuro.
*André Teté, Head de Inovação da VR Software, empresa especializada em soluções inovadoras para o varejo alimentar.
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LARISSA BORGES LANDA
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